Veja como funciona o seu cérebro ao consumir essas 4 drogas

Toda droga provoca algum tipo de alteração em nossa consciência que nos fazem agir de forma inusitada. Cada droga possui um efeito diferente em nosso cérebro. O site Business Insider listou o efeito cerebral causado por quatro drogas diferentes: cogumelos alucinógenos, maconha, álcool e cocaína.

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Cogumelos alucinógenos

Pesquisas recentes indicam que o uso de cogumelos alucinógenos acalmam a atividade cerebral tradicional e iniciam novas conexões entre as áreas do cérebro que originalmente não se comunicam. O psicoativo responsável por essa alteração é a psilocibina presente nos cogumelos.

Pra reproduzir o que acontece na prática, os autores da pesquisa representaram o cérebro como um círculo contornado por diversos círculos menores (neurônios) interligados por algumas linhas finas (sinapses).

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O cérebro sem efeito de drogas está próximo da ilustração (a). Já o cérebro sob efeitos da psilocibina seria como na figura (b). Os círculos menores estão com cores mais vivas para representar o aumento na atividade dentro de cada um deles. Da mesma forma, as linhas finas se multiplicaram, conectando áreas antes desconectadas, e ficaram mais grossas.

cogumelos

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 Maconha

As diferenças entre o cérebro de quem fuma e quem nunca fez uso da maconha são gritantes. O córtex orbitofrontal, uma parte crítica do cérebro responsável por processar emoções e tomar decisões, parece menor – como se tivesse encolhido. Além disso, algumas conexões mais fortes entre algumas partes do cérebro também podem ser observadas.

Em um estudo recente, os pesquisadores usaram ressonância magnética para obterem imagens tridimensionais dos cérebros de adultos que fumavam maconha pelo menos quatro vezes por semana, durante anos. A imagem abaixo revela as mudanças no significativas.

maconha

Álcool

Quem bebe conhece bem os sintomas do álcool: lentidão de raciocínio, perda momentânea de parte do sistema motor, e em casos de excesso, memória afetada.

Pesquisadores reuniram dois grupos de pessoas – as que bebem até cair e as que bebem regularmente, mas sem exagero – para fazer um teste de memória enquanto seus cérebros eram observados via scanners.

Primeiro, os participantes tinham que apertar um botão quando um determinado número fosse exibido. Depois, eles tinham que apertar de novo o botão quando o mesmo número fosse mostrado de novo após dois intervalos. O grupo de pessoas que bebem até cair mostrou mais atividade cerebral do que o outro grupo. Quanto mais eles bebiam, mais o cérebro mostrava alterações anormais. A imagem do estudo revela as diferenças.

álcool

A atividade cerebral do grupo de quem bebe muito está mostrado em vermelho; enquanto as do outro grupo moderado é mostrado em verde. Existem áreas onde as atividades ocorreram em ambos os grupos, essas estão mostradas em cinza escuro.

Porque os dois grupos usam áreas diferentes do cérebro para executar a mesma função? Uma vez que as regiões do cérebro responsáveis por realizar uma tarefa não respondem direito, novas áreas são recrutadas para “assumir” essa carga de trabalho. Assim como no caso da maconha, os pesquisadores não são unânimes sobre a relação do álcool com essas atividades cerebrais.

Cocaína

Não importa como você ingere a cocaína (aspirando, injetando ou fumando), ela entra na corrente sanguínea, penetra no cérebro estabelece um intenso sentimento de euforia – a sensação de estar chapado ou alto – causado pela sobrecarga de dopamina, seu psicoativo. A sensação de prazer é tão forte que alguns animais de laboratório chegam a trocam comida pela droga. O problema é que ela não mata fome.

cocaína

A região do cérebro afetada pela cocaína inclui importantes centros de memória que, em estado normal, nos ajudam a lembrar de onde a fonte de prazer veio. Daí o alto poder de vício da droga: por afetar áreas ligadas ao prazer, os usuários sempre vão procurar pelo narcótico.

Camundongos dopados com cocaína desencadearam uma série de alterações nas células cerebrais no córtex pré-frontal – região responsável pelas tomadas de decisões e de inibição. Quanto maior a exposição à droga, maior o desejo de acessá-la novamente.

Más notícias para os “experimentadores”: os cientistas descobriram evidências de que a droga pode começar a afetar estruturas cerebrais já na primeira dosagem. Ou seja, antes mesmo de se viciar ela já está te matando.