Usuária do Twitter perde o emprego e pode ser processada por preconceito

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Neste último domingo, logo após a divulgação do resultado das eleições para presidente, vários usuários de redes sociais – sobretudo do Twitter – começaram a publicar mensagens críticas e ofensivas aos nordestinos. A motivação seria a quantidade expressiva de votos que a então candidata Dilma recebera nesta região. Em tom preconceituoso, as mensagens diziam que os nordestinos não tinham inteligência, eram feios, pobres e se “vendiam” por programas assistenciais do governo, como o Bolsa Família. A jovem postou “Nordestisto [sic] não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”.

Imediatamente a frase – e sua autora, a paulista e estudante de Direito Mayara Petruso, sentiram as reações de revolta e crítica.

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Diante da reação em massa, a jovem escreveu no início da semana um pedido de desculpas em sua página no Orkut: “minhas sinceras desculpas ao post colocado no ar, o que era algo para atingir outro foco, acabou saindo fora de controle. Não tenho problemas com essas pessoas, pelo contrário. Errar é humano. Desculpas mais uma vez”. Nesta quarta (3), o texto já não era mais exibido; aparentemente, sua página foi invadida e o conteúdo, trocado.

De acordo com Henrique Mariano, presidente da OAB-PE, a entidade está concluindo a reunião de provas contra a jovem que, ainda segundo a OAB, é paulistana e estudante de direito. Ela responderá pelos crimes de racismo e incitação pública de ato delituoso. O processo será entregue ao Ministério Público Federal. O crime de racismo, além de inafiançável, tem pena que varia entre dois e cinco anos de cadeia. Já o de incitação pública a delito varia de três a seis meses de detenção.

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Segundo matéria da Info Online, o caso repercutiu tão negativamente na vida da jovem que o escritório de advogados onde ela estagiava acabou desligando-a. Em nota divulgada à imprensa, a Peixoto e Cury Advogados repudia a atitude da ex-colega e lamenta que tudo tenha acontecido.

O Peixoto e Cury Advogados confirma que a estudante de Direito, Mayara Petruso foi sua estagiária, porém, não faz mais parte dos quadros do escritório. Com muito pesar e indignação, lamenta a infeliz opinião pessoal emitida, em rede social, pela mesma, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis.

Atenciosamente, Peixoto e Cury Advogados

Fonte: uol