Polícia pede dados de 12 mil internautas que viram vídeo de pedofilia

twitter

ANÚNCIO

Dois adolescentes, de 14 e 16 anos, foram identificados pela Polícia Civil após exibirem cenas de sexo ao vivo pela internet, via Twitter, na madrugada de segunda-feira (26), em Porto Alegre.

De acordo com o delegado Emerson Wendt, da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos, eles foram ouvidos pela polícia na terça-feira (27), acompanhados de seus pais, e liberados com o compromisso de apresentação ao Ministério Público quando convocados.

ANÚNCIO

“O adolescente, de 16 anos, afirmou que a menina tinha perdido uma aposta em um jogo de cartas on-line. A roupa dela seria tirada de acordo com o número de espectadores on-line. Eles estavam juntos na cena, realizando atos sexuais”, diz Wendt.

ANÚNCIO

Segundo o delegado, ele foi avisado sobre o vídeo, que teria tido cerca de 25 mil visualizações, por meio de seu Twitter pessoal. Os adolescentes foram identificados também com a ajuda da internet.

“Eles foram localizados e entrevistados para a formalização do procedimento policial. Agora vamos encaminhar o procedimento ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente. Trabalhamos com provas técnicas e tentamos verificar outras duas postagens desse vídeo, que teria sido gravado por outras pessoas durante a transmissão ao vivo”, afirma.

Os adolescentes contaram, segundo o delegado, que se conheceram há menos de um mês e teriam se encontrado pessoalmente pela primeira vez na sexta-feira (23).

O delegado também solicitou nesta quinta-feira (29) a identificação dos 3 internautas que publicaram o vídeo no site 4Shared e pediu ao site de compartilhamento de arquivos as informações sobre as cerca de 12 mil pessoas que fizeram o download do vídeo.

"Enviamos hoje (29) um documento eletrônico solicitando a identificação destes usuários", afirmou Wendt. "Não será um processo rápido", acredita o delegado, que adiantou que, se necessário, vai pedir ajuda à Polícia Federal para tentar, a partir dos endereços de IP identificar quem foram as pessoas que postaram os vídeos, além de quem teve acesso ao arquivo. "Mas vamos aguardar quanto tempo for necessário para obter essas informações."

Fonte: G1