Por que gostamos tanto de doce?

É difícil encontrar uma pessoa que não goste de um bom doce. Muito menos alguém que negue uma sobremesa açucarada depois do almoço. Mas porque será que gostamos tanto desse maldito açúcar?

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O açúcar

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Todo mundo conhece aquele açúcar que é usado para adoçar o café, mas esse termo é muito mais genérico do que aparenta. Existem diversos tipos de açúcares, como a sacarose, lactose ou mesmo frutose. Cada um desses adoçantes naturais vem de algum lugar, mas causa praticamente o mesmo efeito em nosso corpo.

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Pelo fato do açúcar ter vários nomes, é muito comum as empresas de alimentos industrializados usarem artimanhas para nos entupir de açúcar sem sabermos. Basta você pegar um rótulo de algo que seja industrializado e doce (as vezes nem precisa ser doce) para vermos ingredientes como glucose, glicose, xarope de milho, ou xarope de glucose, açúcar mascavo, maltodextrina e assim por diante. Todos esses nomes estranhos representam o açúcar e ajudam a mascarar produtos poucos saudáveis.

Comendo o açúcar

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Quando nós ingerimos algo que tem açúcar, nosso corpo começa o processo pela língua, que ativa as papilas gustativas ligadas ao doce. Rapidamente, sinais são enviados para o córtex cerebral, que inicia um processo perigoso para nossa saúde. Quando ingerimos açúcar, nosso cérebro ativa o “sistema de recompensa”, que basicamente é uma ação cerebral que responde a pergunta: “Devemos fazer/comer mais isso?”.

Esse sistema de recompensa é ativado por diversos motivos, como sexo, atividade social e também com drogas. Quando o cérebro se sente bem, ele libera dopamina que é um poderoso hormônio de prazer. Quando nós bebemos ou usamos drogas, nosso corpo solta dopamina loucamente. Já quando comemos vegetais, ocorre o contrário. Nosso corpo não solta nenhuma dopamina e é por isso que é difícil comermos toda a salada que devíamos.

Com o açúcar, nós temos o meio do caminho. Quando nós o comemos, a dopamina começa ser liberada pelo cérebro em doses pequenas, mas que são recompensadoras, dando um prazer interessante. Um bom exemplo disso é o prazer dado por um pedaço de chocolate.

Em outros alimentos gostosos, existe um momento em que a dopamina para de ser liberada, ou seja, se você ficar comendo apenas pizza, com o passar do tempo, o prazer disso irá diminuir e o interesse vai desparecer. Já com o açúcar, as doses de dopamina são sempre constantes e mesmo que você coma todos os dias alguns doces, seu cérebro vai continuar lhe recompensando e, por isso, é tão difícil largar o açúcar. Tornando essa delícia em uma das drogas mais viciantes do mundo.