Quantos “processadores” existem no cérebro humano?

Há muito tempo que os cientistas descobriram que o cérebro humano, de certa maneira, funciona como um computador. Mas o quão potente será que ele é?

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Processadores

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Atualmente, a Intel é a principal desenvolvedora de processadores para computadores do mundo. Ela começou sua história em 1971, com o Intel 4004, que trabalhava a 740 kHz, o que poderia ser traduzido como 740 mil ciclos por segundo. Naquela época, o processador só tinha capacidade para mexer com informações de 4 bits, de “0000” até “1111” (para entender melhor esses zeros e uns, leia "Como os computadores nos entendem?").

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Os anos foram passando e a tecnologia avançou a passos largos. A cada dia os processadores conseguiam mexer com mais dados em menos tempo. As velocidades chegaram a casa dos Giga-hertz, ou seja, agora os computadores tinham o incrível poder de processar BILHÕES de instruções simples por segundo!

Claro que todo esse poder tinha um grande custo. Cada vez mais energia era necessária, havia mais calor e o material chegou ao seu limite. Para continuar evoluindo em um ritmo espantoso, as empresas trouxeram uma grande ideia ao mercado: processadores de vários núcleos.

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Em vez de fazer com que um único processador ficasse mais rápido, as companhias resolveram juntar vários deles para criar um superprocessador. Isso deu origem a termos como “dual-core” e “quad-core”, que nada mais são do que a quantidade de núcleos que formam o processador. Essa artimanha fez com que a capacidade de processamento crescesse, sem que houve uma grande necessidade de mudança nos processadores.

Porém, mesmo assim, a evolução se manteve firme e hoje os processadores são capazes de realizar bilhões de operações em um segundo, processando diversos programas, sem comprometer o desempenho.

E se o cérebro fosse um desses superprocessadores, quantos “cores” ele teria?

Cérebro dividido

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Esses computadores com diversos processadores dentro de um só tiveram que passar por uma adaptação, chamada computação paralela. Nela, vários processos são executados ao mesmo tempo, cada um sendo de responsabilidade de um núcleo. É exatamente isso que nosso cérebro faz, em vez de processar tudo que estamos fazendo, vendo, sentindo como um todo, ele divide essas coisas em tarefas menores e executa cada uma em um dos núcleos do cérebro.

Até agora, ninguém sabia quais eram as reais capacidades de execução de tarefas do cérebro, mas um estudo feito na National Kapodistrian University of Athens, por Harris Georgiou, chegou a uma conclusão.

Usando ressonância magnética, esse cientista descobriu que nosso cérebro é a união de 50 poderosos processadores. Antes, muitas pessoas acreditavam que os neurônios agiam de maneira individual, executando pequenas tarefas, mas, na verdade, o cérebro é divido em um nível bem mais alto, onde milhões de neurônios trabalham juntos para realizar uma única tarefa.

Porém o cérebro usa sua energia de maneira inteligente, quanto estamos fazendo algo mais simples, ele aloca menos processadores, deixando os outros em espera. Esse estudo, além de ajudar no entendimento de nosso cérebro, também ajudará os cientistas a fazerem computadores mais parecidos com nossa mente.