Quando os nazistas tentaram matar Hitler

Hitler foi um líder popular que conquistou o povo e o exército alemão como ninguém antes, porém suas decisões no comando e suas ideias de mundo perfeito transformaram amigos em inimigos:

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Juramento e mortes

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Conforme o Partido Nazista ia se transformando em uma ditadura poderosa, diversas pessoas começaram a ver os problemas de suas ideias e planos. Porém poucos tinham coragem de se erguer contra Hitler e seu grande poder. As forças armadas da Alemanha eram tão dedicadas a seu líder, que o juramento oficial feito por soldados, a partir de 1934, incluía o nome do próprio Führer:

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Eu juro por Deus este juramento sagrado que faço ao Führer do Reich e as pessoas da Alemanha. A Adolf Hitler, o Comandante Supremo da Wehrmacht, devo obediência incondicional, e como um soldado corajoso quero estar pronto, a qualquer momento, para arriscar minha vida por este juramento.”

Esse juramento, que revela um governo centrado em Hitler e não no partido, foi um dos primeiros passos rumo ao crescimento de inimigos do chefe alemão, além disso, muitos comandantes se revoltaram com Hitler e os assassinatos de judeus que ocorrem durante a guerra.

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No início, eram pessoas isoladas indo contra o regime, mas essa ideia foi crescendo, até que mais de 500 homens importantes no comando nazista iniciaram uma operação que poderia ter mudado o rumo do mundo.

Operação Valquíria

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Durante todo o tempo em que esteve no poder, Hitler sofreu com 15 conspirações militares tentando lhe matar. Uma das mais importantes, e que chegou mais perto, foi a Operação Valquíria, criada por diversos homens do alto escalão nazista.

Inicialmente, a Operação Valquíria era um plano feito pelo próprio Hitler, que previa diversos movimentos da reserva do exército caso alguma coisa acabasse dando muito errado. A ideia era manter o regime, mesmo com a queda do alto-comando, porém os rebeldes pegaram o nome da operação e utilizaram em seus planos de ataque.

Durante muitos meses, diversos líderes nazistas rebeldes pensaram em diversas estratégias para acabar com Hitler, mas o grande golpe de sorte deles foi a promoção de Coronel Claus von Stauffenberg, que passou a ter acesso direto ao Führer.

Depois de muita deliberação, o plano ganhou forma. Stauffenberg iria até a Toca do Lobo, local onde Hitler estava escondido, e explodiria a sala de reuniões com o chefe nazista e seus sucessores, eliminando todo o comando principal de uma vez.

Na manhã do dia 20 de julho de 1944, Stauffenberg foi ao esconderijo participar de uma reunião. Depois de passar um relatório, ele deu um jeito de sair da sala sem chamar a atenção. Já do lado de fora, ele explodiu o artefato, que matou 4 dos 24 que estavam na cabana na hora da explosão. Hitler, para o azar dos conspiradores, acabou sobrevivendo ao atentando.

Falhas do plano

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O que sobrou da calça de Hitler após o atentado

Apesar de não ter atingido o objetivo final, essa foi uma das tentativas de assassinato que chegou mais perto de matar Hitler. O problema dela foi que diversos contratempos inesperados surgiram na última hora.

O primeiro problema foi a mudança de horário da reunião, que acabou sendo antecipada em meia hora. Isso impediu que Stauffenberg armasse as duas bombas, deixando uma inativa. Para piorar, no meio do desespero, ele tirou a bomba secundária da maleta. Caso tivesse deixado, ela poderia ter explodido com o efeito da primeira, criando uma explosão muito maior.

Outro ponto que fez o atentado falhar foi a mudança de lugar. Durante muitos meses, as reuniões foram feitas dentro do bunker, em uma sala totalmente fechada. Mas naquele dia, a reunião ocorreu em uma barraca com janelas, o que ajudou na dispersão do ar, diminuindo os efeitos da explosão.

Para completar o azar dos conspiradores, poucos segundos antes da explosão, Hitler se afastou do lugar da bomba para ver algo no mapa.

O fim dos conspiradores

Sem muitas delongas, os conspiradores foram descobertos e mortos pelo pelotão de fuzilamento. Ao longo das semanas seguintes, mais de 200 pessoas envolvidas na tentativa de assassinato foram executadas e 5 mil prisões foram efetuados, destruindo todos que participaram da Operação Valquíria.