A perturbadora síndrome dos bebês de pedra

Nosso corpo é uma máquina com um único propósito: sobrevier. E para cumprir essa complicada tarefa, ele pode tomar medidas desesperadas, capazes de criar uma aberração sem igual:

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Litopédio

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Quando uma mulher fica grávida, o óvulo fecundado se deposita na cavidade uterina, onde a gestação se inicia. Com o passar do tempo, o feto, que inicialmente é apenas uma célula, começa a crescer. Em pouco tempo, ele é grande o bastante para causar diversos distúrbios no corpo da mãe. Em alguns casos, quando o feto morre mais para o início da gravidez, ele acaba sendo dispensado pelo corpo naturalmente. Já em estados mais avançados pode existir a necessidade de intervenção médica.

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Só que ainda existe um outro caso, muito raro, que pode trazer um problema enorme. Quando um feto morre e o corpo não é capaz de expeli-lo corretamente, o processo de decomposição dele ocorre de qualquer jeito. Isso pode trazer graves problemas de saúde para a mãe, afinal ter um corpo morto dentro de si não é nada saudável.

Granuloma de corpo estranho

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Quando o feto morre e não pode ser absorvido ou expelido pelo corpo, inicia-se um processo chamada granuloma de corpo estranho. O organismo da mulher, para evitar umas infecções gigantes causadas pela decomposição do feto, começa a calcificar o bebê ou a placenta. Em pouco tempo, o feto morto vira uma pedra dentro da mãe.

Mas a parte estranha de tudo isso ainda esta por vir. Quando esse problema ocorre, não é incomum que a mãe acabe carregando seu filho morto por muitos e muitos anos, pois o diagnóstico só ocorre quando um Raio-X é feito ou quando algum outro exame acaba dando atenção ao útero feminino.

Esse tipo de fenômeno é extremamente raro. Tanto que em toda a história da humanidade apenas 300 casos foram registrados. O mais recente ocorreu com uma boliviana de 82 anos, que carregou o feto de seu filho morto por 40 anos sem notar. Só quando começou a sentir dores no abdômen e procurou um médico que a pedra foi encontrada dentro dela.