O peixe que caminha e a evolução

Desde que Darwin surgiu com sua teoria revolucionária sobre a evolução, muitas discussões apareceram, principalmente em meios fora da ciência. Tudo isso ocorre pois a evolução é um processo lento, que pode levar milhares ou mesmo milhões de anos para apresentar resultados visíveis, como uma mudança de espécie.

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Mesmo assim, as ideias desse cientista são cada vez mais confirmadas, tanto pelo DNA, quanto por fósseis e também por experimentos feitos em seres que se reproduzem a taxas rápidas, como bactérias. E agora um peixe pode se transformar em um dos protagonistas no suporte a evolução.

Da água para a terra

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Antes que alguém se confunda, é bom lembrar que a Teoria da Evolução não tem nada a ver com a Origem da Vida. Essas duas coisas, apesar de terem uma certa ligação, são campos de estudo totalmente diferentes. As ideias de Darwin não explicam como a vida surgiu, apenas como ela se desenvolveu depois de já existir. Já a origem da vida não explica como ela se desenvolveu, mas sim como surgiu.

A verdade é que a Origem da Vida ainda é um mistério, sendo que a ciência possui apenas hipóteses sobre o tema. Mesmo assim, existe quase que um consenso geral de que a vida necessariamente teria que surgir na água, pois essa substância é parte integrante de todos os seres vivos em grandes quantidades e também pelo fato de que a água é de extrema importância em diversas reações químicas que podem ter originado a vida.

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Sendo assim, a vida provavelmente surgiu em um meio cheio de água e depois acabou migrando para a Terra. Para os olhos de muitos, isso parece um absurdo total, afinal como um peixe poderia sair da água e viver na terra firme? Agora a ciência tem uma resposta surpreendente para essa questão.

O peixe que anda

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O Polypterus senegalus é uma espécie de peixe muito especial, pois ele possui guelras e pulmões, ou seja, ele consegue respirar tanto na água quanto em terra. Sabendo disso, alguns cientistas resolveram colocar alguns desses animais a viver no solo firme e algo incrível aconteceu.

Em pouco tempo, os peixes desenvolveram a habilidade de caminhar no solo, aumentaram os músculos que ajudavam nisso e até mesmo os ossos sofreram alterações para ajudar na adaptação.

Os pesquisadores da Universidade McGill ficaram encantados e o estudo foi publicado na principal revista do ramo, a Nature. A visualização desse tipo de migração pode ser a primeira vez que os humanos acompanham o mesmo processo que aconteceu há milhões de anos e trouxe animais aquáticos para a terra. Mostrando que a ideia de vida surgindo em água e migrando para o solo é totalmente razoável.

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Isso reforça a Teoria da Evolução, pois apesar de haver o consenso quanto a migração da vida na água para a terra, ainda faltava uma peça importante, que era a visualização desse acontecimento de forma natural.