Uma noite em um aglomerado estelar

Nosso Sol vive em uma região meio vazia da Via Láctea, fazendo com que nosso céu noturno seja escuro e pouco iluminado. Mas existem alguns cantos onde existem tantas estrelas que a luz da noite parece dia.

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Aglomerados estelares

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As estrelas são corpos celestes diferentes. Como consomem sua própria matéria para gerar calor e luz, elas passam a ideia de que quanto maior for sua massa, mais tempo ela irá viver, mas não é bem assim. Estrelas muito grandes tendem a colapsar rapidamente e explodir em supernovas, jogando tudo que estiver a sua volta para milhões de anos luz de distância.

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Porém algumas estrelas menores, conhecidas como anãs, conseguem viver por longos bilhões de anos antes de terem seu combustível consumido. Isso gera um fenômeno estranho e belo, chamado aglomerado estelar.

Esses lugares do espaço possuem uma densidade enorme de estrelas, que formam uma espécie de bola gigante. Nesses locais especiais, residem estrelas velhas, algumas quase da idade do Universo, que são atraídas uma pelas outras. Como essas estrelas antigas e pequenas não explodem em supernovas, a gravidade pode fazer seu trabalho por bilhões de anos até formar esses grandes aglomerados.

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Um desses aglomerados é conhecido como 47 Tucanae e fica a 16 mil anos-luz da Terra. Dentro dele existem 570 mil estrelas, brilhando em um raio de 60 anos-luz. Isso gera algo incrível no céu noturno dos possíveis planetas existentes naquela região.

Na tentativa de recriar como essa beleza espacial se pareceria caso a Terra estivesse lá no meio de todas essas estrelas, os astrônomos William Harris e Jeremy Webb desenvolveram uma simulação mostrando como o céu noturno seria se vivêssemos por lá:

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E você pensando que uma noite estrelada na Terra era bonita...