10 feitos inacreditáveis alcançados por mulheres disfarçadas de homens.

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A história várias vezes deixou as mulheres e suas habilidades de lado a fim de favorecer o sexo masculino, assim limitando sua contribuição para a sociedade em tarefas domésticas enquanto os homens levavam créditos por seus grandes feitos nas páginas do tempo.
Essa repressão das mulheres durou por milhares de anos, sendo reforçada por crenças religiosas e políticas que nos dias de hoje vem sendo desafiadas.
Entretanto, mulheres sempre tentaram provar suas habilidades como iguais ou até mesmo melhores que os homens. Mulheres que se recusavam a ficar em silêncio e escoliam se libertar da dominação masculina, ironicamente tinham de fingir que eram homens e ou apenas parecer com um para que pudessem realizar os feitos que queriam.
Aqui está uma lista de 10 coisas que mulheres conquistaram se passando por homens.

Katherine Switzer: A primeira mulher a correr a Maratona de Boston

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Em 1967, Katherine Switzer se inscreveu para correr a Maratona de Boston que, até então, era um evento esportivo onde apenas homens poderiam participar devido a crença de que correr 42km era muito difícil para mulheres. Assim, registrando-se sob o nome "genérico" de K.V. Switzer, participante número 261, ela competiu vestindo um largo moletom, que parecia ser o disfarce perfeito, exceto por uma coisa - ela se recusou a correr sem batom, um sutil protesto contra a restrição contra mulheres no esporte. O batom de Switzer começou a chamar atenção e, consequentemente, tentaram removê-la da corrida, porém Katherine jamais desistiria depois tudo.
Amigos e apoiadores vieram ao seu resgate para impedir que que ela fosse retirada pelos oficiais, permitindo assim que ela terminasse a corrida. Ela não ganhou a maratona, mas aquilo acendeu uma chama na moça que correu a mesma maratona 7 vezes. Ela também correu muitas outras maratonas, finalmente ganhando primeiro lugar Na Maratona de Nova Iorque em 1974 sendo 27 minutos mais rápida que a segunda colocada.

Rena Kanokogi: A mulher que conquistou um campeonato masculino de Judo

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Rena Kanokogi sempre soube desde pequena que queria ser uma mestre de Judo, mas infelizmente nos anos 50 não haviam competições de Judo que permitiam a participação de mulheres. Assim, faminta por reconhecimento e validação, ela fez o que nenhuma outra mulher se atreveria a fazer: se inscreveu no Campeonato YMCA de Judo do estado de Nova Iorque em 1959.
Rena não só provou que todos estavam errados ao pensar que uma mulher não era durona o suficiente para competir com homens no Judo, como levou a medalha de ouro para casa ao derrotar todos os homens da competição. Infelizmente ela teve de confessar aos juízes e abrir mão da medalha, mas isso não fez com que ela se sentisse derrotada, afinal tinha provado a todos e a ela mesma que mulheres eram sim capazes de excelência em um esporte como o Judo.

Trotula de Salerno: A primeira ginecologista do mundo

Nada mais justo que a pioneira em saúde da mulher seja uma mulher que não apenas entende do corpo feminino através de densos estudos, bem como é capaz de sentir empatia por outras mulheres por passar pelas mesmas condições que elas. Conheça Trotula de Salerno.
Trotula, frequentemente mencionada como a primeira ginecologista, era uma médica na Itália nos anos de 1200 e, apesar de naquela época mulheres serem permitidas na área da medicina, a área da saúde ainda tinha pensamentos retrógrados que favoreciam os homens. Um exemplo disso é que na época se acreditava que a mulher era a única responsável pela infertilidade, o que foi provado errado por Trotula, que foi uma das primeiras pessoas a sugerir que homens também podem ser estéreis.
Infelizmente, apesar de ser aceita como igual por seus colegas no século 11, mais tarde na Renascença os diários médicos de Trotula foram reescritos substituindo seu nome pelo de um homem. Uma desagradável tentativa de apagar uma mulher talentosa da história.

Dr. James Barry: A primeira cirurgiã irlandesa a realizar uma cesariana com sucesso na África

Nascida na Irlanda, a Dr. James Miranda Steuart Barry era uma cirurgiã militar do exército inglês que serviu em várias capacidades em muitos territórios do Império Britânico e, finalmente, tornou-se responsável pelos hospitais militares, atingindo o posto de Inspetora Geral em 1857, o segundo posto médico mais alto do serviço.
Enquanto serviu na África, Dr. Barry foi responsável por melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos soldados feridos e também à população, até mesmo realizando a primeira cesariana onde a mãe e a criança sobreviveram.
Apesar de ter vivo toda a vida adulta como um homem, Dr James Barry tinha um segredo - nasceu Margaret Ann Bulkley, na Irlanda em 1789. Barry começou sua vida como um homem tanto na vida profissional quanto pessoal, tudo isso devido as leis da Irlanda que proibiam mulheres de se envolver em práticas médicas, assim Margaret decidiu assumir a identidade de seu tio James Barry.
Seu segredo só foi descoberto depois de sua morte pois seu pedido em testamento de que seu corpo não fosse lavado ou tivesse as roupas trocadas foi desconsiderado.

Agnodice: A primeira médica da Grécia Antiga

Na Grécia antiga as mulheres tinham muito pouca dignidade até mesmo para falar, frequentemente sendo mantidas em silêncio e servindo seus maridos. Homens gregos eram considerados seres poderosos, enquanto as mulheres eram vistas como seres sem alma.
Isso até uma mulher decidir ir contra os padrões da sociedade grega. Assim, a história conta que Agnodice, uma corajosa mulher escondeu seu gênero e se disfarçou de homem para poder aprender medicina e se tornando um dos médicos mais bem sucedidos de Atenas, particularmente pela forma que ajudava mulheres a darem a luz.
Isso atraiu a inveja e a ira dos seus colegas que a acusaram de seduzir suas pacientes para que deixassem seus cuidados nas mãos de Agnodice. Como retaliação, Agnodice revelou que isso era impossível, pois nem homem ela era. A pena de morte era inevitável se não fosse por suas pacientes que intercederam a seu favor e lhe garantiram clemência, assim como garantiu que a partir daquele momento mulheres pudessem praticar medicina na Grécia antiga.

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Renee Bordereau: A mulher de quem Napoleão queria a cabeça

Nos tempos sangrentos da Revolução Francesa, Renee Bordereau testemunhou o assassinato de seu pai e cerca de mais 40 familiares pelas mãos de revolucionários, guardando em si uma raiva que queimava como carvão. Vingança sempre foi seu objetivo e quando os Realistas decidiram atacar os Revolucionários em 1793, Renee rapidamente pegou armas e mergulhou de cabeça na chance de vingar sua família.
Assim, para esconder sua identidade, ela assumiu o nome de Hyacinth, seu falecido irmão e partiu para a guerra. Assim, Renee liderou investidas de sucesso contra os Revolucionários, matando 17 deles em sua primeira batalha e 200 batalhas depois tornando-se uma lenda respeitada entre os Realistas e temida pelos Revolucionários. Isso rendeu a Renee a ira de ninguém menos que Napoleão Bonaparte, que pagaria 40,000 francos pela cabeça da moça.
Quando seus companheiros descobriram que Hyacinth na verdade era uma mulher, nada mudou e eles continuaram confiando nela e passaram a chamá-la de "a garota que luta como um leão".

Khawlah Bint Al-Azwar: A mulher que comandou um exército contra o Império

No século 7, uma mulher muçulmana liderou um exército contra o Império Bizantino simplesmente porque ela se recusava a ser mera espectadora do destino que esperava seu irmão que fora capturado pelo inimigo que ele jurou lutar.
A jovem Khawlah inicialmente acompanhava o exército liderado por seu irmão servindo como enfermeira, porém em uma de suas campanhas, no Cerco de Damasco, seu irmão foi capturado pelo inimigo e ela decidiu esconder-se atrás do véu e tomar o lugar de seu irmão.
Khawlah lutou bravamente, ganhando o respeito do general Khalid Ibn Walid a quem era revelou sua verdadeira identidade. Ao invés de ser condenada por enganá-lo, o general a enviou em uma nova missão: liderar um batalhão até o acampamento inimigo para resgatar seu irmão. Assim, sob sua liderança o batalhão libertou todos os muçulmanos, incluindo mulheres e o irmão de Khawlah das mãos dos Bizantinos.

Charley Caolha: A primeira mulher a votar em uma eleição nos Estados Unidos

Charlotte Parkhurst ganhou notoriedade por ser a piloto de diligências mais durona do Oeste, tendo uma paixão por pistolas e um gostinho em atirar nas pobres almas que cruzavam seu caminho. Certa vez, um fora da lei chamado Sugarfoot se viu frente a frente com Charley e suas pistolas, levando uma bala ao tentar roubar a diligência que ela pilotava. Ele não fazia ideia do quão rápida a moça era no gatilho e pagou o preço.
Apesar da sua reputação, Charley teve um importante papel na história das mulheres nos Estados Unidos. Em 1867, a cowboy durona se registrou para votar na California sob o disfarce de Charley, fazendo dela a primeira mulher a votar em uma eleição americana, já que na época as mulheres não tinham direito de votar. Por fim, a identidade de Charley como uma mulher só foi revelada depois de sua morte durante as preparações do corpo.

Saint Marina: O monge canonizado que na verdade era mulher

Para seguir os passos de seu pai que tornara-se um monge para fugir da pobreza, Marina decidiu esconder seu gênero e viver uma nova vida como garoto, assumindo o nome "Marinos", ela viveu uma vida de servidão entre os monges de sua cidadezinha. Marinos lentamente ganhou o respeito de seus colegas e criou uma grande reputação durante seus anos como monge, até o dia em que o destino decidiu pregar-lhe uma peça. Uma mulher o acusou de ser o pai do filho que esperava, dizendo à Ordem que Marinos a tinha violado e a engravidado no processo, uma grande mentira que poderia ser refutada se o monge assumisse a verdade por trás de sua identidade.
Porém sendo a pessoa sábia e bondosa que era, Marina decidiu esconder a verdade e assumir a acusação e a paternidade da criança a fim de impedi-la que crescesse sem pai. A Ordem a baniu do monastério, forçando-a a pedir esmolas nas ruas, ironicamente a razão que fez com que assumisse um alter-ego em primeiro lugar. Ela deu seu melhor para prover o necessário para a criança, assim que seus esforços foram notados e ela foi convidada a retornar ao monastério e, até mesmo a a tal criança seguiu seus passos também tornando-se um monge.

Jeanne Baret: A primeira mulher a navegar pelo mundo

Em 1766, Jeanne Baret se inscreveu para participar da expedição de Louis Antoine de Bouganville para navegar ao redor do mundo, sua experiência como botânica era uma perfeita adição para aquela tripulação totalmente masculina que conquistaria os mares. Seu amante, Philibert Commerson já tinha garantido seu lugar na expedição, e Jeanne não querendo ficar distante do amado por tanto tempo decidiu assumir a identidade de um jovem assistente de Commerson. Juntos, os dois aventureiros foram capazes de documentar diversas plantas nunca antes vistas.
Acreditava-se que nativos do Taiti teriam reconhecido Jeanne como mulher e foram a razão dela ter sido descoberta, entretanto, recentemente surgiu uma versão mais pesada e obscura da história onde Baret teria sido atacada por três membros da expedição que ao invés de punidos tiveram seu crime acobertado pelos outros, entretanto a moça acabou grávida como resultado do ataque.