Mulheres de fibra: Margaret Tatcher

Desde os primórdios, o papel da mulher sempre foi fundamental para a evolução mundial, embora tenha se limitado durante muito tempo aos cuidados à família e aos trabalhos domésticos.

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Nem sempre nascer mulher foi considerado algo positivo, pois através dos séculos a figura feminina deveria estar ligada à submissão ao homem, e, pelo simples motivo de parecer mais frágil fisicamente, jamais poderia estar no topo da família.

Apesar dessa visão sobre a classe feminina ter perdurado ao longo dos séculos, encontramos muitas mulheres que lutaram pelos seus direitos e foram reconhecidas pela sociedade por seus feitos valiosos.

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A série “Mulheres de Fibra” trará até você mulheres que de alguma maneira influenciaram o mundo através de suas invenções e conquistas.

Para dar continuidade, hoje falarei a respeito de Margaret Tatcher (1925-2013), um ícone feminino na política.

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Margaret Hilda Roberts nasceu em uma cidade de nome Grantahm, em Lincolnshire, Inglaterra. Criada em uma família de humildes comerciários, ela frequentava a congregação metodista de sua cidade. Estudante de escola pública, conseguiu uma bolsa para estudar química em Oxford, onde mais tarde candidatou-se ao cargo de presidente da Associação Conservadora de Oxford, primeiro cargo político exercido por uma mulher no principal partido Britânico, em 1946.

Especializou-se em direito tributário e em 1951, conheceu seu futuro marido, Denis Tatcher, empresário da indústria do petróleo, com o qual, teve um casal de gêmeos.

No período entre 1959-1970, passou por uma derrota quando candidatou-se à cadeira parlamentar nas eleições de Orpington, porém, não desistiu e mais tarde foi eleita como membro do parlamento, após uma intensa campanha eleitoral. Tatcher foi contra o Partido Conservador quando quiseram restaurar o castigo corporal com vara e também criticou a forma como a política de alta tributação estava sendo imposta ao povo, argumentou que se os impostos baixassem, seria um incentivo ao trabalhador. Também apoiou a descriminalização da homossexualidade e a legalização do aborto.

Em 1979, foi eleita a primeira ministra do Reino Unido, cargo no qual precisou enfrentar uma grande crise financeira, inclusive a crise do petróleo e também a Guerra das Malvinas, aumentou sua popularidade. Era um período difícil, no entanto, Margaret enfrentou o caos e foi eleita para o segundo mandato, devido à confiança que o povo lhe concebeu. O segundo mandato lhe rendeu a alcunha “Dama de Ferro”, pois resistira à inúmeras pressões, sofrera uma tentativa de assassinato, em 1984, da qual escapou ilesa.

Até 1990 manteve-se firme no governo, controlou a inflação e a valorização da moeda. Nunca deixou de tomar decisões fortes, porém não teve êxito quanto ao aumento do número de desempregados na época.

Os inúmeros feitos políticos de Margaret Tatcher impressionaram o mundo, no entanto, sua filha, Carol, relatou que sua mãe sofria de demência no auge dos seus 83 anos e acrescentou: "Nos piores dias, mamãe dificilmente consegue se lembrar do começo de uma frase no momento em que a termina."

A “Dama de Ferro” faleceu na segunda-feira, dia 08, após um AVC.

 

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