Monte a sua matéria: O menor dos humanos #154

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O menor dos humanos

Por: Gabriel Farias

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Pesquisadores australianos e indonésios descobriram uma nova espécie de hominídeo que teria vivido há cerca de 13 mil anos na ilha de Flores, na Indonésia. Primeiro foi encontrado um dente isolado por Michael J. Morwood e Radieon RP. Soejono em julho de 2001. Dias depois foi encontrado um esqueleto.
Peter Brown, que recebeu um molde do dente por Morwood, analisou o esqueleto por três meses seguidos e chegou à conclusão de que era uma nova espécie de hominídeo.

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Classificado como LB1 e apelidado de “Hobbit”, a nova espécie remetia ao gênero homo. No começo acharam que se tratava de um Homo Sapiens minúsculo, mas as características morfológicas não batiam com a de humanos modernos pequenos. Assim o LB1 foi classificado como Homo Floresiensis.

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Seu tamanho diminuto é causado pelo tamanho da ilha. Reservas limitadas de alimentos fazem o corpo sofrer adaptações. Os H. Floresiensis caçavam regularmente os Stegodon (espécie anã de elefante), muitos deles adultos, que pesavam até meia tonelada. Caçá-los e transportá-los exigia atividade coordenada, algo como a linguagem.

Alguns cientistas entraram em conflito após a classificação do LB1 como sendo uma nova espécie de hominídeo. Alguns disseram que se tratava de um H. Sapiens com microcéfalo. Outros diziam que poderia ser um H. Erectus com alguma patologia de crescimento. Há ainda quem diz que possa ser um Australopithecus, por sua estatura e tamanho do cérebro.

O tamanho do cérebro provavelmente foi a maior causa da discussão. Pelo H. Floresiensis possuir um cérebro pequeno, ele não poderia ser tão inteligente a ponto de produzir ferramentas de pedra, muito menos porque eles conseguiram produzir essas ferramentas mais rápido que nós e “seu cérebro possui a massa cinzenta parecida com a do chimpanzé”.

Novas descobertas podem finalmente afirmar que o LB1 possa ser sim uma nova espécie de hominídeo, não uma já existente com problemas de crescimento.

Talvez essa espécie tenha vivido até mesmo durante o século XIX, pois relatos históricos afirmam que colonizadores holandeses o encontraram na ilha.