Monte a sua matéria: O despertar da mente moderna #153

Pois é, e lembrando que todos os temas são aceitos! O mais importante, claro, a sua participação. E-mail de contato: Jeff.gothic@gmail.com! A todos, uma excelente leitura!

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O despertar da Mente Moderna

Por: Gabriel Farias

post 1

A humanidade deve ter passado por uma revolução comportamental cerca de 40 mil anos atrás. Pelo menos isso era o que se acreditava nas duas últimas décadas. No Paleolítico Superior (de 40 mil anos em diante), os humanos produziam armamentos avançados, formavam redes de comércio de longa distância, expressavam-se através de arte e música e praticavam séries de atividades que arqueólogos associam à modernidade.

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Acreditava-se que o confronto entre as populações do Homo Sapiens (indo em direção à Europa) e do Neandertal (que já habitava a Europa), teria despertado aos invasores uma habilidade criativa até então adormecida. Outros especialistas argumentam que essa explosão cultural na Europa brotou de uma mudança ocorrida anteriormente na África: uma mutação genética há 50 mil anos que afetou processos neurais e liberou a capacidade de inovação.

Alguns arqueólogos acreditam que o comportamento humano moderno é mais uma evolução do que uma revolução. Acreditam que a modernidade cognitiva pode ter evoluído também em outras espécies como os Neandertais. Muitos comportamentos que se pensava terem emergido entre 40 mil e 50 mil anos são visíveis milhares de anos antes em sítios da Idade da Pedra Média.

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post 2

Contas, pintura corporal e até mesmo manufatura de ferramenta estilizada podem ter funcionado como indicadores da filiação e do status de um indivíduo em um clã. Já que o aumento da população pode ter deixado os recursos escassos, esses processos cognitivos podem ter ajudado na disputa pelos recursos.

Christopher Henshilwood encontrou 19 conchas na cidade do Cabo. Ele acredita que elas tenham sido coletadas e perfuradas por humanos há cerca de 75 mil anos para criar uma fileira de contas lustrosas, peroladas. É difícil imaginar nossos ancestrais deixando de lado suas preocupações básicas com comida, água, abrigo ou predadores para fazer esses bibelôs.

Eles podem ter mudado ao longo dos último 75 mil anos, mas as mensagens que carregam continuam as mesmas.