Minilua Debate: Crise Migratória #3

Sejam bem-vindos ao Minilua Debate, nesta série queremos saber sua opinião a respeito dos mais diversos assuntos que compõem a nossa sociedade. Toda semana lançaremos um tema central a ser discutido para vocês ampliarem seus conhecimentos, compartilharem ideias e pontos de vista, afinal opinião é para ser respeitada, mas não para ser aceita como verdade absoluta.

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Tema da semana: Crise Migratória

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Para os mais de 300 mil imigrantes e refugiados que chegaram à Europa pelo Mar Mediterrâneo até agosto deste ano, arriscar a vida em embarcações sem nenhuma infraestrutura não é pior do que as circunstâncias que eles vivem em seus países.

Vítimas de guerras civis, terrorismo, perseguições e miséria, eles buscam no continente uma chance de uma vida mais digna, mas nem sempre chegam à terra firme. Só em 2015, mais de 2.500 pessoas morreram afogadas na travessia, um número sem precedentes.

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Quem são os imigrantes?

De todo o contingente que cruzou o Mar Mediterrâneo em direção a Europa durante os primeiros seis meses de 2015, um terço era formado por homens, mulheres e crianças da Síria, cujos cidadãos têm sido quase universalmente reconhecidos como refugiados ou elegíveis a outras formas de proteção internacional. Os outros dois terços são majoritariamente originários de países como Afeganistão e Eritréia.

"Enquanto a Europa debate a melhor maneira de lidar com esta crescente crise no Mediterrâneo, os refugiados são a maioria dos que chegam à Europa em busca de proteção", afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres.

No caso da África, países como Senegal, Mali, Guiné e Gâmbia concentram os maiores índices de imigrantes ilegais rumo a Europa. A maioria deles são homens solteiros na faixa dos 20 anos.

"A Europa é o foco de imigrantes, principalmente africanos, desde pelo menos a década de 1960, por causa da riqueza do continente. Mesmo com a crise europeia, a região ainda é convidativa. Ainda mais porque há um grande número de compatriotas, o que facilita a adaptação".
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Travessia milionária

Para atravessar o Mediterrâneo, os imigrantes se arriscam em embarcações superlotadas sem o mínimo de segurança. Aliciados por traficantes de pessoas, os passageiros acabam desembolsando quantias maiores do que R$ 10 mil por pessoa, o que torna o negócio altamente lucrativo – um único barco pode render US$ 1 milhão.

Apesar do pagamento alto, eles não têm qualquer garantia de que terão seus pedidos de refúgio aceitos. Muitos não ficam no destino final e são mandados de volta aos seus respectivos países de origem.
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Pedidos de refúgio na Europa

A agência de refugiados da ONU indica que o maior grupo requerentes no continente é formado por sírios, com 122.800 requisições de asilo, ou 20% do número total de candidatos. Eritreus que fogem da guerra estão em segundo lugar.

O destino preferido é a Alemanha, que no ano passado recebeu 202.700 requisições, ou 32% do total. A Suécia veio logo em seguida com 81.200, ou 13%. Seguem Itália, com 64.600, ou 10% do total, França, 62.800, ou 10%, e a Hungria, 42.800, ou 7%.

Brasil

A presidente Dilma Rousseff disse nessa segunda-feira (7), em mensagem gravada para as redes sociais para o Dia da Independência, que, mesmo vivendo momento de dificuldades, o Brasil está "de braços abertos" para receber refugiados. Ela mencionou o garoto sírio Aylan Kurdi, 3 anos, que se afogou após tentar fazer a travessia por mar para a Turquia com a família. Segundo Dilma, a imagem do menino morto em uma praia "comoveu a todos e deixou um desafio para o mundo".

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“Mesmo em momentos de dificuldade, de crise como estamos passando, teremos nossos braços abertos para acolher os refugiados. Aproveito para reiterar a disposição do governo para receber os que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil”, declarou. Dilma disse ainda que o Brasil foi formado por povos de diversas origens.

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E você o que tem a dizer sobre o assunto? Sobre os países desenvolvidos, não cabe a eles o papel de ajudar a controlar a situação tanto quanto os países emergentes?

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Fonte: Último Segundo - Terra - Folha