Os metaleiros também amam

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Pesquisadores do Heavy Metal, buscam desmitificar a visão negativa que se tem de fãs desse estilo musical. A pesquisa, realizada na Universidade Heriot Watt, em Edimburgo, na Escócia, entrevistou 36 mil pessoas. Os pesquisadores fizeram perguntas sobre características da personalidade de cada participante e pediram para que os voluntários avaliassem 104 estilos musicais.

Os resultados sugerem, por exemplo, que fãs de jazz são criativos e extrovertidos, enquanto aqueles que gostam de música pop tendem a ter pouca criatividade.

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Segundo o professor Adrian North, que liderou o estudo, a surpresa foi descobrir semelhanças na personalidade de fãs de música clássica e heavy metal. “São pessoas muito criativas, introvertidas e de bem consigo mesmas, o que é estranho. Como você pode ter dois estilos tão distintos com grupos de fãs tão parecidos?”, afirmou North. Ele ressalta que uma das explicações pode ser o “aspecto teatral desses estilos, que são dramáticos“.

“As pessoas em geral têm um estereótipo sobre os fãs de heavy metal, acham que eles têm tendência suicida, são deprimidos e representam um perigo para si e para a sociedade em geral. Na verdade, são pessoas bem delicadas“, afirmou.

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O estereótipo:

Estudantes talentosos que se sentem pressionados por sua capacidade usam música heavy metal para superar as suas emoções negativas, de acordo com um estudo da
Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha.

A pesquisa foi coordenada por Stuart Cadwallader e Jim Campbell, da Academia Nacional para Jovens Talentosos e Superdotados da universidade britânica. Ambos estudaram 1.057 alunos entre 11 e 18 anos.

Os jovens responderam a questionários sobre família, comportamento na escola, nas horas de lazer e preferências na imprensa. Os alunos também responderam a perguntas sobre o seu gosto musical.

O rock foi o estilo mais popular, seguido de perto pelo pop. Mais de um terço dos entrevistados citou o heavy metal como gênero favorito. Os estilos musicais também foram associados a características de personalidade dos jovens: os que dizem gostar de heavy metal teriam uma auto-estima mais baixa do que os outros.

Intrigados com essa relação, os pesquisadores então entrevistaram 19 estudantes superdotados sobre a opinião deles acerca do heavy metal. Os estudantes, embora afirmassem não se considerarem “metaleiros”, disseram se identificar com alguns aspectos dessa subcultura. Eles dizem que o heavy metal pode ser usado como instrumento de catarse, usando a música normalmente alta e agressiva para liberar as suas frustrações e irritações.

“Talvez as pressões associadas ao talento e a superdotação possam ser temporariamente esquecidas com o auxílio da música”, disse Cadwallader. “Como um estudante sugeriu, talvez jovens mais inteligentes sintam mais a pressão sobre eles do que os outros e usem a música para lidar com isso.”

De acordo com o site Stuff.co.nz, um pesquisador universitário da Nova Zelândia ganhou uma bolsa de estudos do governo para estudar os hábitos e o estilo de vida dos fãs de Heavy Metal. A bolsa, no valor de 96 mil dólares neozelandezes (cerca de 69 mil dólares americanos, ou quase 142 mil reais), fará com que Dave Snell tenha a oportunidade de levar adiante o seu estudo intitulado “O Dia-a-dia dos Bogans: Identidade e Comunidade entre Fãs de Heavy Metal”. A pesquisa inclui estudos dos diferentes estilos de “danças” do Heavy Metal – seja o famoso ‘head bang’ (bate-cabeça) ou o mosh, que é quando os fãs se “batem” – assim como a importância de tatuagens e piercings. Na Comissão Educativa de Terceiros, que administra as bolsas de estudos, o administrador geral Frannie Aston disse que “essa pesquisa irá nos ajudar a entender nossas comunidades e nossos jovens”.

Fonte: Vitória Bernardi