Os maiores roubos da história #1

Existem dois tipos de roubo, aqueles que tiram alguns trocados de coitados nas ruas e existem ladrões geniais, que protagonizam roubos milionários que entram para a história:

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Securitas

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Securitas AB é uma das empresas mais antigas do ramo de segurança em todo o mundo. Desde 1934, a companhia presta serviços de segurança, que vão desde transporte de valores até investigação e monitoramento. Mais de 300 mil pessoas trabalham para essa empresa e suas filiais no mundo, totalizando 60 países.

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Mesmo com um currículo de respeito, essa empresa foi enganada por alguns homens com uma boa ideia e muita coragem.

A emboscada

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Era 18:30 do dia 21 de fevereiro de 2006 no Reino Unido. Colin Dixon voltava para sua casa quando se deparou com um carro de polícia na beira da estrada. Um policial fardado pediu para ele parar e descer do veículo. Acompanhado pelo policial, Colin chegou perto da viatura, apenas para descobrir que estava sendo preso, mas não pela polícia. Dentro do carro, outro homem algemou Dixon e apontou uma arma para sua cabeça. Sem perda de tempo, a viatura partiu pela estrada, onde andou alguns quilômetros até encontrar uma van branca. O sequestrado e os outros homens embarcaram no carro e partiram.

Do outro lado de Maidstone, uma pequena cidade do interior da Inglaterra, a campainha tocou na casa da senhora Dixon. Na porta estavam dois policiais, que traziam a triste notícia: seu marido havia sofrido um acidente de carro. Sem pensar duas vezes, a mulher aceitou a carona da polícia e levou o filho junto. Antes que estivessem se afastado de casa, um dos policias falsos puxou uma arma e declarou o sequestro.

Meia hora depois, a família estava reunida novamente em uma fazenda afastada. A ordem era simples: ou Dixon ajudava os falsos policiais em seu plano ou sua família deixaria de existir.

O ataque

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A uma hora da madrugada, dentro da van branca, sete homens com máscaras e armas de calibre militar seguiam em direção ao depósito da Securitas, levando consigo Dixon e sua família. Dixon havia sido escolhido por ser o gerente do depósito. Com medo de ver sua família sendo morta, o homem entregou todos os detalhes da operação noturna da empresa de segurança. Cada câmera e posição de seguranças era de conhecimento dos assaltantes naquele momento.

Sem muito esforço e sem disparar nenhum tiro, os sete homens armados conseguiram render os 14 funcionários da empresa. Em pouco mais de uma hora, o bando foi capaz de recolher 154 milhões de libras. Os prisioneiros foram levados para dentro dos cofres da empresa e foram trancafiados e amarrados. As duas e quarenta e cinco da madrugada os ladrões haviam partido, sem disparar nenhuma bala ou ferir alguém, levando consigo algo em torno de meio bilhão de reais.

A investigação

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No dia 23 de fevereiro, dois dias após o roubo, os primeiros suspeitos foram presos pela polícia. A Securitas anunciou 2 milhões para quem desse uma pista e no mesmo dia mais uma mulher suspeita de fazer parte do bando foi presa.

Em pouco tempo, a polícia tinha todos os veículos envolvidos no roubo em mãos. O último carro a ser recuperado foi a van branca usada para transportar os bandidos e a família até o local do crime. Dentro dela foram achadas armas, capuzes e 1,3 milhão de libras. No dia 24, foram encontradas caixas de metal, que supostamente foram usadas para carregar o dinheiro.

No dia 26, dois homens foram presos após uma perseguição policial e, no dia seguinte, mais dois homens foram presos em Greenwich. No primeiro dia de março, foi descoberto que o dono da fazenda onde os reféns foram mantidos presos fazia parte do grupo e seu nome foi anunciado como um dos ladrões.

No dia 6 de março, a polícia encontrou mais 11 milhões e prendeu dois funcionários da empresa Securitas que estavam envolvidos com o furto. Ao final da investigação, a polícia da Inglaterra resgatou 6 milhões de libras e prendeu 36 pessoas.

Julgamento

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O julgamento começou um ano depois das prisões. Alguns dos ladrões foram condenados a 20 anos de prisão, tendo que cumprir ao menos 10 antes de sair. Os chefes do bando foram condenados a prisão perpétua, podendo ter liberdade em 15 anos. A maior parte do dinheiro jamais foi recuperada.