O lixo tóxico é um problema atual – conheça algumas iniciativas

Se a gente parar e pensar que há alguns anos falar em lixo tóxico era algo muito raro, não vamos nos dar conta do quanto esse assunto é importante nos dias de hoje. Justamente por conta de ser novo, muita gente não sabe muito bem como lidar com ele.

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Pensando nisso, nós fomos atrás de algumas iniciativas que são focadas no descarte correto dos materiais tóxicos, como é o caso dos equipamentos eletrônicos. Continue lendo e conheça ideias que deram certo para algumas pessoas e pode dar certo para você também.

Curiosamente, saiba que o tema é sempre muito lembrando em pautas sobre sustentabilidade, sobre a política ambiental e até mesmo em reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas).

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A cartilha ambiental das empresas

Para um começo de conversa é interessante saber que o tema se tornou tão importante que hoje em dia temos até as cartilhas ambientais que devem estar presentes em todas as empresas. Logo, ela é focada nessa responsabilidade ambiental e descarte do lixo.

O motivo principal é que mesmo que há muitas benesses na tecnologia, ela pode apresentar um grande risco à saúde da população quando esses objetivos são descartados de forma errada e inconsciente.

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Para você ter uma ideia disso, saiba que no nosso país são produzidas mais de 1,2 bilhão de pilhas anualmente. Além delas, temos ainda amis de 400 milhões de baterias no mesmo período. E isso tudo tem a assinatura de uma pesquisa feita pela Associação do setor.

A Abinee é a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, responsável pelos dados.

As soluções para o descarte correto

Em se tratando de pilhas e baterias, saiba que apenas 2% delas são recicladas no nosso país. E esse dado é da ONG Milênio Verde. Veja um trecho do que o presidente dela, André Vernet, disse à uma revista impressa há alguns anos:

“Grande parte das pilhas e baterias ainda são descartadas em lixo comum, o que leva ao solo uma enorme quantidade de elementos nocivos à saúde como mercúrio, chumbo, cobre, cádmio, manganês, níquel e lítio”, explica.

Ainda falando da reciclagem desses produtos, saiba que o Brasil ainda é um país que pouco recicla porque investe pouco nisso. Para alguns especialistas, o problema está na falta de consciência de consumidores e de empresas.

Por exemplo, o consumidor não pensa em descartar corretamente. Mas, quando faz isso, então, não encontra os pontos de coleta. Lembrando que isso acontece mesmo que tenhamos aqui uma lei que obriga os fabricantes a manterem recipientes adequados de coleta.

A produção

Outra das soluções para o problema veio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Ele criou uma resolução, de uma lei que está em vigor desde 1999, que diz que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades mínimas ou sem o uso de metais poluidores.

No entanto, na prática, isso acaba esbarrando na falta de manejo sustentável nos aterros sanitários. Isso porque aqui no Brasil apenas 10% dos aterros do país são gerenciados com manejo.

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E sem falar ainda na entrada de pilhas contrabandeadas, produzidas fora dos padrões de segurança e de qualidade estabelecidos pelo Conama. O que piora ainda mais a situação toda. Então, vamos conhecer um pouco de algumas iniciativas.

ONG Milênio Verde

Essa ONG criou ações para coletar as pilhas e baterias. Após isso, eles também fazem a reciclagem de todos os lixos tóxicos.

Além dela, saiba que em São Paulo, existem organizações não governamentais que atuam no recolhimento desses materiais em prédios privados e comércios.

No caso da Milênio Verde, a atuaçaõ acontece desde 2010 e faz a coleta uma vez por mês das pilhas e baterias descartadas. A iniciativa vai até 40 prédios e 35 pontos comerciais.

Programa Abinee Recebe Pilhas

Como também temos o problema de encontrar locais de reciclagem de ilhas e baterias, o Programa Abinee Recebe Pilhas foi criado para tentar minimizar isso.

Assim, a Abinee, em ação conjunta com fabricantes e importadores de pilhas e baterias portáteis, criou essa ação que é focada justamente na resolução do Conama – de responsabilidade sobre o pós-consumo das pilhas e baterias das marcas associadas.

O projeto também é de 2010 e trabalha com o sistema da logística reversa e destinação final das pilhas. Lembrando que elas acabam sendo jogadas no lixo comum, na maioria das vezes, após o fim de sua vida útil. Hoje, o programa tem 1.100 postos de coleta.

Você está preocupado com isso?

Se você tem uma empresa e está preocupado com isso, saiba que qualquer empresa que venda pilhas e baterias deve ter um coletor para receber as peças usadas. Dessa forma, um caminho mais rápido é entrar em contato com as empresas aqui citadas como referências.

lixo tóxico

No caso da Milênio Verde, o contato é o blog (ongmilenioverde.blogspot.com) ou o telefone (11-5562-8842).

Se você quer optar pelo outro caminho, da Abinee, saiba que também há um endereço eletrônico da instituição (abinee.org.br). E lá você poderá buscar pela localização dos postos de coleta em todo o Brasil.