O nosso limite imaginário

A ciência é uma arte estranha e interessante. Ao mesmo tempo que ela é capaz de nos dar conhecimento sobre qualquer coisa, ela pode nos enganar pateticamente:

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Evolução

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Há 500 anos, a humanidade achava que a Terra era o centro do Universo e todos estavam errados. Pouco antes disso, todos tinham certeza que o planeta era plano e, como bem sabemos agora, todo mundo estava redondamente engando. Ainda no século passado, era normal, até mesmo para os cientistas, achar que o Universo era eterno, porém Hubble ajudou a desmentir isso. Conforme os anos vão passando, grandes verdades vão caindo e a ciência vai evoluindo.

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Hoje em dia, com a ajuda de instrumentos modernos e capacidade de explorar novos lugares, a ciência conseguiu atingir um nível maior de excelência, tendo a possibilidade de testar suas ideias e provar que realmente funcionam.

Talvez, hoje em dia, os maiores erros não estejam no que foi aprendido, mas sim na cabeça de algumas pessoas.

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O livro em branco

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Ao contrário do que muitos aparentam pensar, o Universo não possui um livro de regras. É muito comum ouvirmos pessoas falando coisas assim: “O homem nunca vai fazer um computador mais inteligente do que ele”, ou “nunca vamos descobrir o que aconteceu antes do Big Bang”, ou mesmo “o ser humano jamais vai entender como seu cérebro funciona completamente”.

Claro que avanços como esse parecem impossíveis no mundo atual, porém não existe nenhuma regra universal que simplesmente impeça tais avanços no futuro. Quem acredita que essas barreiras realmente existam, faz isso simplesmente porque quer, afinal a história já nos mostrou muitas vezes que a inteligência e a vontade humana podem fazer coisas inimagináveis.

Voando de foguete na Idade Média

Rocket

Imagine você na Idade Média. Seu dia começaria com um café da manhã com um pouco de queijo, um pedaço de carne seca, afinal não podia ser fresca, pois não existia geladeira. Para acompanhar, um gole de vinho quente ou cerveja (também na temperatura ambiente). Depois, se você fosse muito rico, pegaria seu cavalo e iria fazer algum trabalho manual, afinal não existiam máquinas naquela época. A grande tecnologia daquele tempo eram as armaduras e as maiores inteligências humanas mal conseguiam fazer um barco capaz de atravessar os oceanos.

Agora imagine que você está na taberna, ao fim da tarde, e um homem proclama em voz alta: “Em cinco séculos, o homem lançará ao espaço uma máquina feita de aço, que voara daqui até a Lua e de lá serão transmitidas imagens pelo ar, que poderão ser vistas por bilhões de pessoas que habitam os setes cantos do planeta.”

A pessoa que falou isso, se estivesse com sorte, viraria motivo de piada, porém se o dia fosse ruim, era bem capaz dela acabar em uma fogueira por aí.

Olhando essa declaração do ponto de vista de um homem da Idade Média, tudo parece uma asneira sem tamanho e sem fim. Afinal, em uma época que a grande tecnologia de transporte era o cavalo, fica difícil acreditar que algo de aço possa simplesmente voar, quando mais chegar a Lua.

É meio complicado tentar ver o mundo com os olhos de alguém de cinco ou seis séculos atrás. Mas pense: naquela época não existiam nem as coisas mais comuns de nosso dia a dia. Por exemplo: não existia plástico, nem água encanada, livros eram escritos à mão e a eletricidade não fazia parte dos sonhos nem dos mais futuristas.

A verdade é que cada época tem suas limitações imaginárias. Em algum momento da humanidade, alguém duvidou que poderíamos voar. Hoje alguns acreditam que jamais descobriremos a chave para vida eterna ou como viajar para estrelas distantes. Porém, assim como no passado, o que hoje é impossível, amanhã é só mais um desafio.

Talvez chegue o dia em que nós encontraremos algo realmente impossível, mas até lá, o impossível existe apenas na cabeça dos menos esperançosos.