Apocalipse real: Inverno nuclear #1

Desde a criação das bombas nucleares, a humanidade vive o medo de uma guerra que nos leve a utilização dessas armas. Além de toda a destruição que elas poderiam causar, um estranho fenômeno posterior poderia extinguir toda a raça humana.

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Extinções

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A Terra tem mais de 4 bilhões de anos e viu muitas extinções em massa ocorrerem durante toda essa história. Normalmente elas são causadas por variações drásticas no clima, supervulcões ou por grandes meteoros, que batem na superfície do planeta. Esses “acidentes” cósmicos conseguem desencadear um fenômeno tão poderoso e destrutivo, que bastou o impacto de um asteroide com 10 km de diâmetro para exterminar com os dinossauros.

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Durante toda a história conhecida da humanidade, nenhum desses eventos de consequências globais ocorreu. Além disso, para nossa sorte, estamos vivendo no intervalo entre Eras do Gelo. Estudos recentes mostram que nenhum meteoro grande o bastante está vindo para nos exterminar. Só nos restar “rezar” para que nenhum supervulcão exploda e acabe com a humanidade.

Infelizmente, a modernidade trouxe outro candidato a supertragédia, capaz de eliminar os humanos e diversos outros seres do planeta: Armas nucleares.

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O inverno nuclear

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Os efeitos da explosão de uma bomba atômica sobre uma cidade todo mundo conhece, devido aos exemplos de Hiroshima e Nagasaki. Uma única explosão é devastadora apenas no local que ocorre, mas quando existem várias delas, as coisas ficam milhares de vezes piores.

Logo após os primeiros testes com armas nucleares, os cientistas começaram a se preocupar com os efeitos colaterais que elas causariam no mundo todo, caso várias fossem usadas. Em pouco tempo, diversas hipóteses surgiram, mas uma, chamada Inverno Nuclear, se sobressaiu.

Para entender como uma guerra nuclear poderia ser fatal para a humanidade, vamos imaginar um cenário onde duas grandes nações usam algo em torno de 100 bombas nucleares, atacando principalmente cidades de grande população.

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Os prejuízos iniciais de uma luta assim seriam as vidas perdidas no extermínio das cidades. Em seguida, haveriam incêndios incontroláveis em muitos lugares, afinal o fogo estaria livre para seguir sem que houvesse alguém para combatê-lo.

Contudo, isso não é nada se comparado ao problema da fuligem residual das explosões. Quando uma bomba atômica explode, ela cria aquele famoso cogumelo – entenda o porque desse formato clicando aqui – e joga uma quantidade gigantesca de sujeira nas camadas mais altas da atmosfera terrestre. Essa sujeira não cai com facilidade, podendo ficar acumulada por anos. Conforme mais bombas são explodidas, mais sujeira fica lá em cima e menos luz solar chega a superfície.

Acredita-se que, em pouco tempo, a quantidade de pó e partículas na atmosfera faria o planeta ter uma queda drástica na temperatura. Poucas semanas depois das explosões, a mudança de temperatura seria tão grande, que tempestades surgiriam de todos os lugares, embaladas pela diferença de temperatura entre o ar e os oceanos, que são muito bons em guardar energia térmica por serem feitos de água. Essas tempestades, furacões e tufões só cessariam após o reequilíbrio dos mares com a atmosfera.

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As colheitas em todos os cantos da Terra seriam devastadas, animais morreriam com frio e fome. Novas guerras surgiriam por alimentos, água e mesmo por um lugar livre de radiação para viver. A humanidade entraria em um colapso sem precedentes em poucos meses. A partir desse momento, ninguém mais sabe quais as consequências isso teria para o futuro de nossa espécie, mas poderia ser o fim.

Para deixar tudo ainda pior, os efeitos de uma guerra nuclear de grandes proporções podem afetar o clima por décadas e quem sabe mais de um século. Além de todo o problema com o clima, existe a radiação, a destruição total da camada de ozônio e o desequilíbrio da fauna e flora, algo que levaria milhares ou milhões de anos para voltar ao normal.

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O mais aterrorizante de tudo isso é que existem pelo menos 9 nações capazes de inciar uma guerra nuclear, sendo elas: EUA, Rússia, Inglaterra, França, China, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel. Qualquer movimento precipitado de um desses países poderia iniciar uma guerra nuclear ou, pelo menos, abalar o clima de nosso planeta de uma maneira devastadora. Por isso, até hoje, a ONU e outras organizações lutam para o fim desse tipo de arma.

O Universo é um lugar cheio de perigos, como raios gama, meteoros gigantes, poderosas forças da natureza, mas, hoje em dia, de maneira irônica, o maior perigo que aflige a humanidade não é uma força natural, mas sim uma força que ela mesmo criou.