Fantasmas terríveis do mundo antigo #2

As histórias de fantasmas nos cativam por gerações. Mas no mundo antigo, elas não eram material de risos ao redor de uma fogueira ou de discussões com os amigos.

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Para os antigos, os fantasmas eram uma ameaça real, poderosa, e muitas vezes mortal. Responsáveis não só por assombrações, eles eram capazes de fazer uma pessoa normal ficar doente ou de lhe enviar uma maldição mortal. Às vezes, sua existência era uma punição justa para o que fazemos na vida.
Confira:

Os fantasmas da Babilônia

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Na antiga Babilônia, acreditava-se que os fantasmas vagavam durante a noite e viviam entre os vivos durante o dia. Eles não eram espíritos incorpóreos, igual muitas pessoas imaginam quando alguém menciona fantasmas.

Naquela época, pensava-se que os fantasmas podiam possuir o corpo de animais vivos e que os fantasmas de demônios tinham uma afinidade particular em possuir o corpos de aves. Os espíritos malignos possuíam cães e leões selvagens que, mais tarde, deveriam ser caçados pelos humanos para não virarem vítimas deles.

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Um dos mais poderosos e temidos fantasmas da Babilônia era o espírito da mulher que morreu no parto. Esse espírito era enlouquecido pela dor e amaldiçoada a andar pela noite durante a eternidade. Igualmente condenados eram aqueles que morreriam sem ter filhos, tanto homens quanto mulheres.

Para se certificar de que os espíritos dos pais, avós e outros antepassados pudessem descansar, o filho mais velho deveria deixar comida e bebida para esses espíritos sedentos em sua casa. Aqueles que não tinha filhos para vigiá-los, acabavam indo assombrar outras casas.

Plínio e as Histórias de Fantasmas

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Plínio, um jovem senador romano, era filho de um cavaleiro em 62 d.C. Plínio viveu durante o reinado do tirânico Nero, ele recebeu ensinamento de algumas das mentes mais brilhantes da Roma antiga e deixou para trás um livro com uma história de fantasmas escrita.

Na primeira parte da história, ele conta um conto de Curtius Rufus, um atendente de um governador romano na África. Certa noite, Curtius estava andando calmamente quando o rosto fantasmagórico de uma bela mulher apareceu em sua frente, ela lhe disse  que era um espírito poderoso e vigiava toda a África.

Ela contou-lhe sobre o seu futuro, revelando que ele devia regressar para Roma, conseguir uma posição elevada, e, finalmente, morrer em solo romano. Eventualmente, ele alcançou a fama, exatamente como ela prometeu, e quando voltou a Cartago, contraiu uma doença que o levou à morte, cumprindo o resto da profecia do fantasma.

Plínio, o Jovem, em seguida, conta a história de uma casa notória em Atenas, onde ninguém foi capaz de viver. Todas as noites, os sons mais horríveis saiam dessa casa.

Existiam barulhos de correntes, mas não existia nenhuma no local. Aqueles que tentaram viver na casa eram muitas vezes acordados pelo espectro fantasmagórico de um homem velho, sujo, desgrenhado e repleto de correntes. Todos que viviam ali, após a primeira experiência, deixavam a casa correndo com medo do fantasma.

Mesmo com a má fama do local, os proprietários ainda assim tentaram ganhar dinheiro com aquela propriedade. Quando o filósofo Athenodorus veio para a cidade à procura de um lugar para ficar, ele alugou a casa assombrada, mesmo depois de ouvir a história do fantasma. Athenodorus sentou-se para trabalhar durante a noite e pouco tempo depois o fantasma apareceu em sua frente. Sem demonstrar medo, Athenodorus se manteve firme e seguiu o fantasma por toda casa.

Arrastando suas correntes, o fantasma levou Athenodorus até um certo local e desapareceu. Ele marcou o local onde o fantasma tinha desaparecido e na manhã seguinte, pediu aos magistrados da cidade para fazerem uma escavação. Quando eles começaram a cavar, eles encontraram o esqueleto de um homem, morto há muito tempo e coberto com correntes.

Depois de dar ao homem um enterro apropriado, as assombrações pararam e o fantasma foi finalmente colocado para descansar.