Esqueça DNA e impressões digitais, o futuro da identificação é seu corpo

O ser humano é extremamente eficaz no reconhecimento de faces, mas as máquinas não possuem essa mesma facilidade, principalmente quando falamos em vídeos. Por isso, a ciência surgiu com a solução perfeita para sanar esse problema e tornar o mundo um lugar muito mais seguro.

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Impressões digitais

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As impressões digitais são largamente utilizadas na identificação de pessoas, afinal elas são únicas, até mesmo em gêmeos univitelinos, e mudam muito pouco durante a vida. Desde o sexto mês de vida, ainda dentro do útero, as impressões se formam, acompanhando a pessoa até que sua carne apodreça no túmulo. Mesmos machucados e arranhões não impedem que as impressões ainda sejam usadas. Em geral, elas podem se reconstituir, mesmo com traumas profundos. Claro que, em alguns casos, uma cicatriz pode interferir na digital.

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Durante centenas de anos, as impressões são o que temos de melhor para identificar humanos. Um dos motivos que popularizou esse formato de identificação é a baixa tecnologia necessária. Ao contrário da íris, que precisa de complexos sistemas computadorizados, as digitais precisam apenas de papel e tinta.

Graças a essa simplicidade, milhões de pessoas na história já foram incriminadas por suas digitais. Mas existe um ponto fraco nessa forma de identificação, pois ela só funciona se o criminoso deixar uma impressão para trás. Aí surge outro tipo de identificação.

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Reconhecimento facial

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O reconhecimento facial é outro grande trunfo humano, principalmente no combate ao crime. No mundo atual, as câmeras são comuns e ajudam na solução de muitos crimes. Além disso, os computadores são capazes de realizar uma profunda análise em imagens, podendo reconhecer suspeitos mesmo em imagens de baixa qualidade.

Para reconhecer seres humanos, existem alguns algoritmos diferentes. O mais comum usa diversos pontos de um rosto para criar uma espécie de mapa, que é comparado com fotos em um banco de dados, assim descobrindo a pessoa correta. Esse tipo de reconhecimento vem se tornando cada vez melhor, mas ainda possui falhas.

O maior problema envolvendo o reconhecimento facial é a possibilidade do criminoso simplesmente esconder seu rosto e, em casos mais extremos, uma cirurgia plástica pode gerar mudanças que enganariam qualquer sistema. Mas agora, a ciência chegou a uma nova forma de identificação capaz de burlar qualquer tentativa de trapaça.

O corpo

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A cada dia, mais e mais câmeras gravam nossos movimentos. Por um lado isso diminui a privacidade, mas, pelo outro, acaba melhorando a segurança. Infelizmente, a melhora de segurança não é muito significativa, pois basta um capacete ou uma máscara para que um suspeito de crime se torne não identificável. Mas cientistas da University of Adelaide acabaram com esse problema.

Chefiados por Teghan Lucas, o time descobriu que nós podemos identificar um ser humano com uma precisão incrível, apenas usando medidas corporais. O processo é tão bom e preciso, que existe apenas uma chance em um quintilhão de haverem duas pessoas com as medidas exatamente iguais.

O processo deles usa oito medidas diferentes do corpo humano para identificar a pessoa. Ou seja, das centenas de possibilidades existentes, apenas oito precisam ser levadas em conta. A ideia toda consiste na análise de vídeo. Assim, mesmo que a pessoa tenha roupas para tentar esconder suas formas, é possível abstrair os panos para se ter uma medida exata.

Altura total, altura da ponta das mãos aos chão, largura do braço ou pernas, circunferência da cabeça, distância entre orelhas, enfim, qualquer pedaço do corpo pode ser usado para gerar a identificação. Basta selecionar as medidas que podem ser identificadas e gerar o relatório, com uma taxa de acerto tão boa quanto qualquer impressão digital.

Com essa nova tecnologia, qualquer câmera de vídeo, mesmo aquelas bem ruins, serão mais do que suficientes para descobrir a identidade de uma pessoa, bastando apenas alguns frames do meliante.