O Homo sapiens percorreu um longo caminho até se autodenominar a "espécie mais inteligente do mundo". Porém, com o passar dos anos, está ficando claro que este reinado pode não durar para sempre ou pelo menos terminar antes do previsto. Separamos possíveis grupos que poderiam tomar o lugar da nossa espécie.
Boa Leitura!
Animais Evoluidos
A idéia de criar animais inteligentes já é bem antiga, já imaginou animais como uma subclasse oprimida lutando por seus direitos? Enquanto a ficção nos apresentou um universo onde os animais evoluídos se rebelaram contra os humanos e até mesmo tomam seu posto dominante na terra, no mundo real algo deste tipo não é impossível de acontecer.
Segundo o bioeticista George Dvorsky o monopólio humano sobre o pensamento consciente nos dá uma vantagem injusta sobre os nossos vizinhos animais, e se existem meios para permitir que não-humanos como macacos, golfinhos e elefantes possam alcançar o nosso nível de pensamento consciente, é nosso dever moral faze-lo, porém nem todas pessoas concordam com este pensamento.
Alex Knapp acredita que os custos em termos de vida animal seriam demasiadamente elevados para fazer isto. A fim de elevar uma espécie, seria necessário fazer alterações em seu DNA a um nível embrionário, levando a inevitáveis tentativas falhas antes que alguma dê certo. Depois, existe a pergunta, como garantir que um embrião elevado seja gestado com sucesso?
Tal experimentação seria moralmente errada, com o potencial para animais inteligentes sofrerem anomalias físicas ou morte prematura devido a interferência humana. Algumas pessoas também temem a não evolução de aspectos problemáticos de certas espécies, tais como a violência dos chimpanzés e a inclinação dos golfinhos por estupro.
Os Borgs
Star Trek introduziu uma corrida cyborg assimilacionista buscando trazer todas as espécies conscientes do universo em uma única inteligência coletiva. A maioria diria que isso seria uma coisa ruim, mas nem todos concordam. Travis James Leland argumentou que a imagem sem emoção, estéril do Borg é apenas propaganda ludita, e que um passo em direção à inteligência coletiva poderia conduzir à felicidade e liberdade para os indivíduos dentro da colméia.
Integração com tecnologia de interconexão não reduz a individualidade; ela apenas torna mais fácil ligar e expressar nossa individualidade em uma consciência coletiva mundial nascente. Nós já somos capazes de enviar vídeo, áudio e informações entre o cérebro e a Internet através de eletrodos, a largura de banda e informações necessárias para uma mente da colmeia é teoricamente possível também. A infra-estrutura tecnológica utilizada para as telecomunicações modernas e Internet sem fio poderia se desenvolver para interface neural, embora inicialmente seria de extremamente baixa fidelidade e difícil de usar. Alguns se referem a essas mentes colmeia teóricas como "borganisms" e defendem sua criação por razões sociais e políticas.
A capacidade de coordenação para projetos de massa seria reforçada, o planejamento para metas complexas seria mais eficiente, e os seres humanos iriam compreender um o outro mais rápido.
É claro, há um número de desvantagens bem. Junto com o medo existencial da perda da identidade individual para a consciência de massa, existem ameaças de vírus e hackers no sistema em estágios iniciais, para não mencionar as preocupações sobre quem exatamente vai controlar a tecnologia.
Humanos Geneticamente Modificados
O cientista político Francis Fukuyama acredita que transumanismo é uma das idéias mais perigosas de hoje. Ele vê um aspecto fundamentalmente perigoso em tentar melhorar a nossa humanidade básica. Ele chama isso de "Fator X" e diz que "não pode ser reduzida à posse de escolha moral, ou razão, ou linguagem, ou sociabilidade, ou sensibilidade, ou emoções, ou a consciência ou qualquer outra qualidade que tem sido apresentada como uma terreno para a dignidade humana. É todas aquelas qualidades que vêm junto em um todo humano que compõem Fator X. "
Ele acredita que o desenvolvimento de seres humanos geneticamente modificados significaria um fim ao ideal liberal da igualdade política de todos os povos. Acesso à tecnologia de modificação genética pode levar ao surgimento de castas genéticas e corroer a nossa humanidade comum, como os ricos seriam capazes de criar bebês projetados com vantagens significativas sobre as massas menos geneticamente afortunadas. Fukuyama é um conservador, mas muitos na esquerda têm medos semelhantes. O Centro de Genética e Sociedade é um grupo de lobby bio-ludita esquerdista formada no final de 1990.
Alguns argumentam que a complexidade da modificação genética e aversão cultural à experimentação sobre as crianças tornam este cenário improvável. Outros dizem que mesmo que chegue a acontecer, isto não se traduz necessariamente em desigualdade política, como os direitos políticos não são baseados em características físicas. No entanto, outros ainda argumentam que os pais devem ter o direito de escolher características físicas e intelectuais vantajosas para os seus filhos com base em direitos reprodutivos e do direito natural dos pais para fazer o que é certo para os seus filhos. Isso poderia incluir a seleção de QI, altura, sexo e até mesmo a cor da pele.
Nanobots
Em 1986, o engenheiro Eric Drexler levantou temores de uma revolta nanotecnológica contra a raça humana. Enquanto ele detalhou os muitos benefícios potenciais da nanotecnologia, como destruir células cancerígenas e reparação de DNA, ele também expressou a preocupação de que, robôs auto-replicantes do tamanho de moléculas poderiam começar a competir com plantas naturais e microorganismos, assumindo cada nicho ecológico e, eventualmente, consumindo todos os recursos da Terra.
A preocupação com as previsões levou Michael Crichton e o príncipe Charles a convocação de um "comitê sobre nanotecnologia" em sua propriedade rural em Gloucestershire. Nanotecnologistas como Richard Smalley respondem dizendo que a "manufatura molecular" necessária para criar esses nanobots é cientificamente impossível. A fim de manipular átomos, montadores moleculares precisariam de "dedos," adicionais, mas não encontrariam espaço suficiente no nível atômico. Isto é conhecido como o problemas dos "dedos gordos". Há também o problema de "dedo etiqueta": Os átomos sendo movimentados pelos manipuladores iriam ficar preso a eles sem nenhuma maneira viável para arrancar-los de lá. Drexler respondeu dizendo que a atitude incrédula de Smalley para manipuladores moleculares serve para reduzir os temores públicos e proteger o financiamento para pesquisa em nanotecnologia.
Uma solução para a ameaça de gosma cinzenta é outra forma de nanotecnologia que iria realizar um papel benéfico: Estes seriam policiais nanobots auto-replicantes concebidos como uma defesa contra a gosma cinzenta autônoma que se comportarem mal. No entanto, eles também teriam de ser onipresentes, fortes, robustos, resistentes aos efeitos da gosma cinzenta, e completamente sob o controle humano. Se a gosma azul for subvertido ou dominado pela gosma cinzenta, ela poderia muito bem acabar se voltando contra nós também.
Outros limites potenciais sobre a propagação de gosma cinzenta incluem a capacidade limitada de replicação, dispersão ampla, a energia e os requisitos de elemento químico, ou a utilização de elementos raros como o titânio ou diamante na construção de montadores moleculares. Como o corpo humano contém muito pouco destes elementos raros, não seria provável. Se estas limitações não forem suficientes, o resultado final poderia ser, um mundo pós-ecológico, pós-humano cheio de nanobots.
Inteligência Artificial
A inteligência artificial é o sub-campo da ciência da computação dedicada à criação de máquinas capazes de executar tarefas relacionadas com a inteligência humana. Existem duas formas de IA teórica: fraca e forte. IA fraca é inspirado no cérebro humano, mas não procura imitar é uma inteligência de computador orientada capaz de resolver problemas através de dados com algoritmos para tarefas como jogar xadrez, responder a perguntas, fazer reservas, e dar direções no GPS.
IA forte é projetada para imitar a inteligência humana no raciocínio, planejamento, aprendizagem, visão e conversas em linguagem natural. Os defensores da IA forte esperam que as máquinas ultrapassem a inteligência humana, após isto o progresso tecnológico aumentaria rapidamente e não seremos capazes de prever ou sequer compreender o desenvolvimento futuro da civilização.
O desenvolvimento da inteligência artificial completa pode significar o fim da raça humana. Uma vez que os seres humanos desenvolvessem a inteligência artificial ela iria decolar por conta própria e redesenhar-se a um ritmo cada vez maior. Os seres humanos, que são limitados pela evolução biológica lenta, não poderiam competir e seriam substituídos.
