Descobertas científicas que comprovam a Teoria da Evolução #1

Desde o seu surgimento, a Teoria da Evolução das Espécies é um dos estudos científicos mais discutidos e polêmicos, principalmente porque muitas pessoas não entendem o que esse estudo propõe e acham que ele explica o surgimento da vida.

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A teoria criada por Darwin descreve como as espécies se modificam com o passar do tempo, gerando novos animais e plantas. Quando ele surgiu com a ideia, muitas pessoas acharam tudo um absurdo, mas diversas descobertas científicas, que se quer estavam tentando provar a Teoria da Evolução, acabaram esbarrando em novas provas que reforçam ainda mais que Darwin, no final das contas, estava certo:

DNA

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Quando a Teoria da Evolução foi proposta, acabou não sendo muito bem aceita por dois motivos. O primeiro era religioso, muitas pessoas não queriam desacreditar seus livros sagrados e preferiam continuar com a explicação de que um deus criou tudo e ponto final. O outro ponto que deixou Darwin em uma saia justa foi o fato de que, apesar de entender como a evolução funcionava, ele não sabia qual era o mecanismo que permitia seu funcionamento.

Seria como saber que um carro é capaz de andar, mas não ter ideia de que existe um motor a combustão debaixo do capô. Por isso, a Teoria de Darwin não foi muito bem aceita, mas, em 1869, as coisas começaram a melhorar. Nessa época, o médico suíço Friedrich Miescher fez as primeiras descobertas em componentes celulares que depois permitiram a descoberta e entendimento do DNA.

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Mas foi somente em 1944 que a humanidade descobriu que os seres vivos eram capazes de transmitir informações de uma geração para outra e a Teoria de Darwin, que antes mais parecia um chute, começou a ganhar novos contornos.

Mutações

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A Teoria de Darwin diz que, com o passar do tempo, as espécies tendem a se adaptar ao ambiente em que vivem. Por exemplo, um animal que viva em um local frio, tende a criar pelos. Um ser que viva onde existem frutas em abundância, vai começar a ser alimentar disso. No final, os animais que mais rápido e melhor se adaptam ao ambiente sobrevivem. Quem não consegue, acaba morrendo e sua linhagem se finda. Essas transformações pequenas, no decorrer de milhões de anos, acabam gerando novos seres, bem diferentes dos seus antepassados.

Mas para que um ser que consiga transferir seus dados para que a próxima geração seja um pouquinho diferente, é necessário existir uma ligação entre elas e isso é o DNA.

O DNA contém as informações para “construir” um ser. Ou seja, o DNA pode ser comparado a planta de uma casa. Quando seus pais “viveram uma intensa noite de amor”, eles geraram um óvulo fecundado, que nada mais é que um pacotinho com seu DNA dentro. Aquele DNA foi o responsável por gerar todas as suas caraterísticas físicas.

Só que a fusão do DNA de sua mãe com o de seu pai não gera uma cópia idêntica deles. Assim, pequenas mudanças são enviadas para você. Algumas vezes elas podem ser boas, como uma melhoria na vista ou a falta do siso. Ou podem ser ruins, como um músculo defeituoso ou um problema de coração.

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Na natureza, essas pequenas mudanças fazem toda a diferença. Imagine se um pássaro nasce com uma asa menor do que a outra. Isso pode lhe impedir de voar e ele provavelmente vai morrer antes de chegar à idade adulta, ou seja, não irá se reproduzir e essa característica acabará morrendo com ele. Agora, imagine que um pássaro nasce com um bico mais afiado, capaz de cortar melhor os alimentos. Ele provavelmente vai se desenvolver muito bem e se reproduzirá na fase adulta. Ou seja, seus genes, com um bico mais afiado vão passar adiante.

Os filhos do pássaro do bico afiado também vão ter seus filhos, alguns com características melhores e outros com piores, pois as mutações são randômicas. No fim, os melhores também irão sobreviver e se procriar. Depois é a vez dos netos, que terão outras pequenas mudanças e apenas os melhores seguirão vivos.

Agora, imagine essas mutações de DNA ocorrendo ao longo de milhares de geração. Depois de milhões de anos, os pássaros que são descendentes do que tinha o bico mais afiado, terão características totalmente diferentes de seu antepassado. Por serem capazes de comer melhor, eles serão maiores e provavelmente estarão tão diferentes do pássaro original, que não serão considerados da mesma espécie.

E assim, um pássaro mudou de espécie. Agora imagine essa mudança estendida por um período de 10 milhões de anos. Em um tempo assim, as pequenas mudanças somadas são tantas, que um pássaro pode virar outro bicho. Como um pinguim, que é descendente de pássaros, mas não voa. Com o tempo necessário, até mesmo um pequeno roedor pode se transformar em um ser semelhante a um elefante, basta que a evolução lhe guie por esse caminho e que hajam alguns milhões de anos disponíveis.

Um bom exemplo para entender a evolução é uma carta. Imagine uma folha de papel com um texto nela. Agora, essa folha deve ser passada para uma pessoa diferente a cada hora e cada pessoa pode acrescentar uma nova letra ou característica a folha. Em alguns dias, o texto original não vai ser mais legível, mas ainda teremos uma carta. Depois de um ano, a carta vai estar tão riscada, que provavelmente vai ganhar uma ou mais folhas novas. Em cem anos, aquela simples carta vai ter virado um livro ou um jornal, dependendo de quais características foram adicionadas com o passar do tempo. Em milhares de anos, aquele papel pode ser usado para criar uma jangada e o que era uma simples carta virou algo totalmente novo e diferente.

Apesar de não sabermos exatamente como a carta vai estar no futuro, podemos traçar um caminho de todas as pequenas mudanças e letras adicionadas. Assim, como podemos vasculhar o DNA e ver de onde os seres vieram e como evoluíram.

Por isso, o DNA é a principal prova científica da Teoria da evolução das espécies.