Crimes resolvidos por "quase nada"

Desvendar crimes é uma arte complexa. Às vezes o bandido é desleixado e deixa pistas por todo o lugar, em outros casos ele é mais cuidadoso impossibilitando uma investigação eficaz, porém, em certas ocasiões, uma pequena evidência, que normalmente passaria despercebida, pode ser a única solução de um importante caso.

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Boca grande

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Em 1978, uma mulher chamada Karla Brown foi encontrada morta. Ela havia sido estuprada, espancada e assassinada. O crime, que parecia não ter nenhum refinamento, acabou deixando a polícia louca, porque não existiam pistas e nem um rastro que eles pudessem seguir. Durante dois anos, a investigação ficou parada, até que uma nova análise revelou que a vítima havia sido mordida no ombro pelo assassino. Essa novidade também não ajudou muito, afinal uma mordida sem a arcada dentária original para comparação não serve para nada.

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Mas eis que a mesma boca que deu a mordida, acabou dando com a “língua nos dentes”. John Prante, um homem que nem se quer era suspeito, contou a uma mulher sobre essa mordida, mas o fato não era de conhecimento do público. Aquele estranho relato chamou atenção e a polícia foi comunicada. Sem perder tempo, uma autopsia foi feita e eles puderam extrair o desenho da arcada dentária de quem fez a mordida. Depois, bastou à comparação com os dentes do suspeito e o crime acabou sendo solucionado. John foi condenado a 75 anos de prisão, tudo por ter dado com a “língua nos dentes”.

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Uma semente

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No ano de 1992, Denise Johnson foi encontrada no meio do deserto do Arizona. Ao lado do corpo, um pager pertencente ao pai de Mark Bogan foi achado. Para completar o cenário, havia uma testemunha ocular, que tinha visto a camionete de Bogan na região no dia da morte.

Mas apenas essas duas evidências não provavam nada. Bogan alegou que havia dado uma carona a Denise e que ela roubara o pager dele. Sem ter mais o que fazer, a polícia teve que deixar o grande suspeito livre.

As investigações de campo continuaram e um dos detetives notou que uma árvore próxima ao local tinha sido lascada em um dos galhos. Coincidentemente, o carro do suspeito tinha duas sementes dessa árvore na caçamba, quando a polícia fez a perícia. Porém, mesmo assim, não existiam provas concretas, pois aquele tipo de árvore era muito comum na região.

Sem outras opções, a polícia recorreu ao DNA, que ainda era uma novidade na época. Com a ajuda de um especialista e diversos exames, foi possível provar que as sementes dentro da camionete vieram da mesma árvore do local do assassinato. Essa foi a primeira vez na história dos EUA que um homem foi condenada por causa do DNA de um objeto da cena do crime.

Uma corda

Rope

Em 1983, dois garotos que ainda cursavam os anos iniciais da escola foram encontrados mortos no estado de Omaha. As investigações iniciais não levaram a nada, mas algo chamou a atenção da polícia local. Um dos garotos estava amarrado com uma corda estranha, totalmente diferente de todas as marcas existentes a venda na região.

Mais alguns trabalhos levaram a uma placa de um carro, que estava no nome de John Joubert. Mesmo assim, a polícia não tinha nada contra o rapaz, pois estar com o carro perto da cena de um crime não é o bastante para incriminar alguém.

Sem muitas esperanças, a polícia checou a casa de John e seu lugar de trabalho, até que encontraram o pedaço de uma estranha corda. Exames revelaram que ela tinha origem coreana e devido à raridade e o difícil acesso a tal material, Joubert foi condenado pelo assassinato das duas crianças. Posteriormente outro crime feito pelo rapaz foi descoberto e ele “queimou” na cadeira elétrica em 1996.