Coreia do Norte lança seu próprio smartphone com reconhecimento facial e recarga sem fio

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Se você já tinha sua própria versão do iPad da Apple, agora neste país tem sua própria versão do iPhone: o smartphone Pyongyang 2425. Este telefone foi lançado como uma versão melhorada do anterior Pyongyang 2423. Ele tem tecnologia de reconhecimento facial, recarga de bateria sem fio e é muito mais rápido, embora em termos de design e inspiração seja basicamente um clone do iPhone X.

O Pyongyang 2425 tem 6,2 polegadas e 2.246 pixels, usa um processador MT6771 da MediaTek e tem oito núcleos que melhoraram de longe a velocidade do seu antecessor. Ele passou de uma RAM de 2 a 8 GB para de 16 a 32 GB e suas principais câmeras são 15 e 16 MB, enquanto a câmera frontal é de 16 MB.

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De acordo com especialistas, os dispositivos provavelmente foram importados como um produto acabado antes da instalação do software norte-coreano. "A Coréia do Norte poderia ter ordenado a produção dos telefones com o entendimento mútuo de que eles substituiriam o software", disse um especialista em entrevista, sob condição de anonimato.

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"O Pyongyang 2425 vem com recursos aprimorados, elogiados por muitos clientes", disse Sogwang. “Sua CPU aumentou a velocidade de processamento em 150% e a experiência com a tela touchscreen ficou mais suave.”

Semelhante ao iPhone, este smartphone da Coréia do Norte também precisa de um adaptador para conectar fones de ouvido normais, mas ao contrário de aparelhos com o Andoird, suas aplicações são bem mais limitadas. Parece que você só pode compartilhar mensagens de texto, fotos e músicas, mas de uma maneira muito local.

Este dispositivo móvel só pode se conectar a redes locais de internet, bloqueia o acesso a outras mídias estrangeiras e só permite conexão a redes Wi-Fi oficialmente registradas e aprovadas pelo governo norte-coreano. Além disso, as aplicações do smartphone são controladas pelo governo e, de fato, ele tem funções bastante práticas, como consultar o clima ou enciclopédias autorizadas.

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Fotos divulgadas pela Sogwang mostram que o 'reconhecimento facial' é visível em um menu da tela do celular, sob a aba 'segurança'.

“Os recursos de reconhecimento facial usam uma câmera infravermelha que permite aos usuários desbloquear a tela mesmo em lugares escuros sem ter que colocar os dedos ou digitar uma senha”, explicou Sogwang.

Na Coréia do Sul, a Samsung lançou sua primeira tecnologia de reconhecimento facial em 2011. Já a LG Electronics Inc. introduziu pela primeira vez o carregamento sem fio com seu Optimus G lançado em 2012. A Samsung Electronics Co. lançou o Galaxy S4, o primeiro smartphone da empresa a ter recursos de carregamento sem fio, em 2013.

A nova tecnologia de carregamento sem fio da Coreia do Norte parece ter incorporado o método de indução magnética, que requer que o telefone seja colocado em cima da base de carregamento.

A Coréia do Norte fabrica smartphones há cerca de cinco anos, com três marcas produzidas internamente disponíveis para venda: Arirang, Pyongyang e Jindallae. O número de usuários chegou a 3,8 milhões em 2017, o equivalente a 15% da população, de acordo com a agência de estatísticas da Coréia do Sul.

Embora os smartphones tornem a vida mais conveniente para muitos norte-coreanos, o governo de Pyongyang não permite conexões com o mundo exterior. O Ministério da Unificação da Coréia do Sul disse que o regime está preocupado que as pessoas possam obter informações 'não saudáveis' que possam ameaçar a dinastia de Kim Jung Un.

No entanto, alguns moradores que moram perto da fronteira com a China podem acessar a Internet através da rede sem fio da China, com base em relatórios de desertores norte-coreanos. Mas é extremamente arriscado que qualquer pessoa que seja pega ouvindo transmissões 'inimigas' ou acessando informações de fora do país enfrente até cinco anos de trabalho duro, de acordo com o Ministério da Unificação.

Embora seja uma das nações mais isoladas, pelo menos na Coréia do Norte, eles tem tecnologia suficiente para desenvolver seu próprio smartphone. É claro que é um dispositivo muito simples comparado ao que está disponível em outros países, mas pelo menos é um avanço.