Como nosso sistema imunológico aprende

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Diariamente, somos expostos a um alto número de patogêneos como vírus, bactérias, fungos ou protozoários que poderiam causar um grande estrago em nosso corpo. Eles frequentemente entram em nosso organismo tentando nos causar doenças, mas possuímos uma barreira tão eficiente para eles que, em geral, só lembramos que ela está ali, trabalhando, quando algo dá errado. É o nosso sistema imunológico.

Barreiras externas

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Nosso sistema imunológico possui níveis de defesa contra os microrganismos que são acionados de acordo com a necessidade. O primeiro nível são as barreiras externas físicas ou bioquímicas que impedem os microrganismos de penetrar em nosso corpo e causar alguma infecção, como a pele, os cílios, o muco, a saliva, etc.

Se o patogêneo sobrevive as essas defesas iniciais e penetra em nosso corpo, um segundo mecanismo é ativado, a imunidade inata.

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Imunidade inata

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Esse é o conjunto de formas de imunidade que nasce com o indivíduo e vai aprendendo e se aperfeiçoando para o resto da vida. No ínicio, os cientistas pensavam que o sistema inato não aprendia e sempre desencadeava o mesmo tipo de resposta, lidando da mesma forma com todos os tipos de invasores. Novas evidências sugerem que as respostas das células inatas são alteradas por infecções anteriores ou por vacinação, que treinam essas células para lidar com os patogêneos. Por exemplo, a vacina BCG que todos nós tomamos ao nascermos, inclusive nossos pais, é para proteger contra a tuberculose e faz um ótimo trabalho contra isso, mas cientistas descobriram que ela também nos protege contra infecções por fungos que não são os causadores da tuberculose. Isso aconteceu através de uma resposta inata melhorada através dos tempos.

Essa imunidade inata desencadeia uma resposta imediata, porém não específica para o patogêneo. Caso o patógeno evite a resposta inata, nosso corpo possui um segundo nível de defesa, o sistema imune adquirido ou adaptativo, que é ativado pela imunidade inata.

Imunidade adaptativa

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Em vez de padrões gerais, cada célula adaptável tem um padrão muito específico. Essas células adaptativas podem reconhecer apenas um microrganismo específico, como o vírus da gripe, por exemplo, ou um tipo de bactéria. Por conta disso o sistema imunológico adaptativo vai fazendo milhões de testes com as células que possui até encontrar o padrão de célula que serve para aquele tipo de patogêneo. Quando as células imunes adaptativas reconhecem um invasor, elas se replicam para que se forme um exército para matá-lo.

Esse processo bastante especializado pode levar semanas na primeira vez que você for infectado, pois o sistema imunológico não reconhece o padrão do patogêneo e vai testando todas as células adaptativas que possui até encontrar uma resposta. Mas, através da memória imunológica, o corpo memoriza a resposta a esse tipo de patogêneo. Desta forma ele reconhece o patogêneo já classificado como um vírus da gripe, por exemplo, e aciona só um determinado número de células adaptáveis responsáveis por combater este tipo de vírus, restringindo a sua busca e permitindo que sistema imunitário realize ataques cada vez mais rápidos e robustos toda vez que esse mesmo vírus é detectado.

Desta forma, depois que um invasor for removido, as células adaptativas que o reconheceram são mantidas como células de memória. Se vemos o mesmo invasor novamente, essas células podem responder antes de você ficar doente.