Cientistas conseguem ler a mente de alguém como nunca antes

Ler mentes é um tema recorrente em filmes e histórias de ficção científica, afinal, o poder de saber o que os outros andam pensando é realmente incrível. E agora, feliz ou infelizmente, está se tornando real.

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Roubando faces

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O estudo feito por dois professores universitários da New York University em parceria com um estudante de graduação da University of California, chamado Alan Cowen, conseguiu ler a mente de várias pessoas de uma maneira jamais antes vista.

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Em testes anteriores, o máximo que a ciência conseguia “roubar” de informações do cérebro era se o pensamento de uma pessoa sobre alguma coisa era sim ou não, qual parte do cérebro estava sendo ativada e esse tipo de coisa mais subjetiva.

Com esse novo estudo, pela primeira vez, foi possível retirar informações em forma de imagens de dentro do cérebro. Usando scanners altamente precisos, os cientistas fizeram varreduras nos cérebros dos voluntários, enquanto eles pensavam em rostos conhecidos. O resultado disso foi surpreendente. 

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Pegando as interações do cérebro de uma pessoa imaginando um rosto, os cientistas foram capazes de criar imagens em computador do que estava sendo imaginado pelos voluntários. Os detalhes iam desde cor da pele, se a imagem pensada estava sorrindo ou não, gênero e tudo mais.

No resultado final, que contou com trinta tentativas de leitura cerebral em trinta pessoas diferentes, os pesquisadores acertaram a cor da pele em todas as vezes, acertaram em 24 das 30 vezes se a pessoa imaginada estava sorrindo ou não, além disso, dois terços das vezes o sexo da imagem cerebral foi o correto.

Um dos parâmetros que ainda possui problemas na hora da detecção é a cor do cabelo, que foi descoberta de maneira correta em apenas 50% dos casos. 

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Para entender como o cérebro lida com as imagens, os cientistas, antes de tudo, mostraram fotos de faces para os voluntários e gravavam suas reações cerebrais. Dessa maneira, os pesquisadores iam aprendendo como o cérebro lida com as imagens de rosto e puderam criar algoritmos capazes de fazer a leitura correta dos estímulos.

Segundo Cowen, principal responsável pela pesquisa, esse tipo de leitura de mentes pode ser usado para os mais diversos fins, desde a detecção e tratamento do autismo, até na solução de crimes, criando imagens de criminosos de maneira mais realística.

Se a coisa continuar assim, em breve vai ter gente saindo na rua desse jeito:

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