Caminhando para o progresso ou para a extinção mundial?

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Em um estudo recente foi constatado o que mais temíamos: Uma nova extinção em massa vem por aí.

O novo estudo, publicado no dia 19 de junho, na revista Science Advance, adverte que estamos sofrendo em níveis extremamente elevados de perda de espécies em todo o planeta. Não estamos falando apenas de um urso polar aqui e uma onça pintada ali, mas de mais da metade das espécies hoje conhecidas pelo homem. Essa contabilidade sugere que dentro dos próximos anos cerca de 41% de todos os anfíbios e 26% dos mamíferos sejam extinguidos da Terra, o que culminará em uma grande perda da biodiversidade.

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Com a falta dessa diversidade em um ecossistema, as fontes por alimentos se tornam escassas: um sapo em extinção, pode levar as aves que se alimentam dele ao desaparecimento, assim como os carnívoros que comem essas aves e assim por diante. Isso é chamado de efeito cascata, ou efeito dominó, antes que possamos perceber as cadeias e teias alimentares entram em colapso e as taxas de extinção tornam-se absurdas.

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“A perda da biodiversidade é um dos problemas ambientais atuais mais críticos, ameaçando serviços de ecossistemas valiosos e o bem-estar humano”, escrevem os pesquisadores. “Um crescente corpo de evidências indica que as taxas de extinção de espécies atuais são mais elevadas do que a taxa normal de extinção pré-humana, com centenas de extinções antropogênicas de vertebrados documentadas em tempos pré-históricos e históricos”.

No Estudo

Para o estudo, foram coletados grandes quantidades de dados que sugerem a extinção das espécies que excedem as taxas de extinção típicas. Porém, é inegável que as atividades humanas estão diretamente ligadas a essa catástrofe.

“Nós avaliamos, usando premissas extremamente conservadoras, se as atividades humanas estão causando uma extinção em massa”, afirmam os pesquisadores.

Como primeiro passo, foi utilizada uma estimativa recente de que a taxa normal de extinção seria de duas extinções de mamíferos por 10 mil espécies em 100 anos (2 E/MSY, corresponde a essa unidade), que é duas vezes maior do que as estimativas anteriores. Logo em seguida, essa taxa foi comparada a taxa atual de perda dos mamíferos e vertebrados – taxa essa ainda bastante baixa, porque listar uma espécie como extinta exige o cumprimento de critérios rigorosos. “Mesmo sob nossas suposições, que tenderiam a minimizar evidências de uma extinção em massa incipiente, a taxa média de perda de espécies de vertebrados no último século é até 114 vezes maior do que a taxa normal”, confirma um dos pesquisadores.

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O número de espécies que tiveram sua extinção no século passado, dependendo da classificação dos vertebrados, considerando a taxa normal de 2 E/MSY, teria levado entre 800 a 10 mil anos para desaparecer. Esse cálculo revela uma perda extremamente rápida da biodiversidade ao decorrer dos últimos séculos, apontando que uma sexta extinção em massa já está em andamento. “Evitar uma deterioração dramática da biodiversidade ainda é possível através de esforços de conservação intensificados, mas esta janela de oportunidade está se fechando rapidamente”, advertem os pesquisadores.

Uma extinção em massa ocorre quando há uma perda de mais de 75% das espécies do planeta dentro de um milhão de anos ou menos. Ao longo da vida na Terra, nesses 4,5 bilhões de anos, esse evento ocorreu 5 vezes, sendo a extinção dos dinossauros  como o mais conhecido popularmente. Havendo evidências de que foram mortos pelas duas explosões consecutivas de mega-vulcões na Índia e pela colisão de um enorme asteroide com o Golfo do México, há 65 milhões de anos atrás.