A arma do fim do mundo

Assim como todos os outros animais, os seres humanos têm como objetivo básico a sobrevivência, mas as vezes o desejo de morte de seus semelhantes é tão grande, que os homens criam armas capazes de exterminar toda a humanidade de uma vez:

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A grande bomba

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Desde o final da Segunda Guerra Mundial, até a queda do Império Socialista criado pela Rússia, os EUA e a URSS viviam se bicando, no que ficou conhecido como Guerra Fria. Nessa disputa psicológica, cada uma das nações desejava mostrar um poder militar maior do que o possuído pelo outra. 

Como a humanidade já havia dominado as bombas atômicas, mas apenas os EUA tinham usado elas para valer em uma guerra, a URSS queria demonstrar que também “manjava” de bombas nucleares, por isso ela criou um número enorme dessas armas, mas uma entre elas chamou a atenção do mundo.

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Tsar

Tsar_Bomba_Revised

Criada para demonstrar um poder jamais antes visto, a bomba Tsar foi um dos mais incríveis e assustadores projetos da União Soviética.

Devido a pressão do governo, os físicos envolvidos no projeto tiveram apenas 15 semanas para deixar a bomba gigante pronta para a detonação. Além disso, devido ao medo da radiação que poderia ser gerada pela explosão, algo que infectaria diversas cidades, os russos modificaram o projeto de três estágios de detonação. No plano original, a bomba era dividida em três partes, onde uma reação de fissão desencadeia outra reação secundária que, por fim, ativa o terceiro estágio onde a real explosão ocorre. Esse tipo de explosão é altamente radioativa e poderosa. Mas como os testes iam ocorrer em solo russo, o governo alterou o projeto, diminuindo a força da bomba pela metade, algo que deixou a explosão “limpa”, com apenas 3% da precipitação radioativa pós-explosão.

O tamanho da bomba, que tinha mais de oito metros e pesava 27 toneladas, criou um problema de transporte, tanto que a aeronave que a levou até o local da explosão teve que ser alterada.

Às 11:32 do dia 30 de outubro de 1961, a bomba foi detonada a 4 quilômetros de altitude. O resultado foi uma explosão de 58 megatons, mais de 1500 vezes o poder das duas bombas que destruíram Hiroshima e Nagashi. 

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A coluna da explosão subiu três mil metros para cima e a nuvem do cogumelo chegou a estratosfera. A luz criada pela bomba pode ser vista em um raio de mil quilômetros e gerou um terremoto de 5 pontos na Escala Richter. A onda de impacto no ar circulou a Terra três vezes e janelas a 900 km de distância foram abaladas pelo impacto. 

Felizmente, dois anos após esse teste absurdo, um tratado que proibia esse tipo de bomba foi assinado. Mas, até hoje, a memória desse dia está marcada na história da humanidade, como um dos momentos em que mais chegamos perto de nossa própria extinção...