Afinal, por que ocorrem terremotos?

O mundo está vivenciando uma tragédia gigantesca, que recentemente afetou o Nepal e redondezas, tudo por causa de terremotos. Não é de hoje que esse tipo de fenômeno cria tragédias enormes, mas porque será que eles ocorrem?

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Placas tectônicas

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Nosso planeta é como se fosse um grande organismo vivo, onde diversas coisas se transformam e se movimentam. O núcleo da Terra é extremamente quente, fazendo com que moléculas fiquem agitadas, possibilitando que mesmo coisas que são extremamente duras a temperatura ambiente, como metal e pedras, fiquem em um estado líquido. Isso faz com que haja movimento em baixo da crosta. Nós vivemos em continentes, que são porções de Terra que ficam acima do nível do mar em sua maior parte. Esses continentes se apoiam em placas tectônicas, que são enormes pedaços de terra e rocha que flutuam sobre a camada mais baixa da crosta terrestre. Mas essas placas que cobrem o planeta não são uniformes e se movimentam cada uma para o lado que bem entendem.

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Graças a esse movimento, que os continentes, que no passado eram apenas um gigantesco amontoado de terra chamado Pangeia, se separaram e estão da maneira que conhecemos atualmente. E isso continua acontecendo, tanto que, daqui a alguns milhões de anos, o mundo vai ser totalmente diferente do que é hoje.

Dessa maneira, a Terra vai evoluindo e se reciclando, mas essa movimentações trazem um grave problema.

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Terremoto

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Essas placas se movem muito lentamente, modificando sua posição em poucos centímetros por ano. Mesmo assim, por seu tamanho e peso descomunal, o mínimo movimento causa grandes repercussões a sua volta e é exatamente isso que cria um terremoto.

No planeta Terra, existem 14 grandes placas principais e 38 menores. É na junção delas que o problema acontece. Quando duas placas estão se movendo de encontro uma a outra, cria-se uma região de pressão mútua. Por um bom tempo, elas ficam apenas se pressionando e juntando uma quantidade descomunal de energia. Poderíamos comparar esse efeito com o de apertar uma mola com as mãos. Quanto mais força fizemos, mais apertada a mola fica, logo, mais forte será o movimento na hora em que a soltarmos.

Depois de algum tempo, o material entre as placas não resiste a pressão de trilhões de toneladas e um rompimento explosivo ocorre, liberando toda a energia que foi acumulada em pouco tempo. Isso faz com que as placas tremam, devido a dissipação de energia, gerando terremotos. Por causa da massa dessas placas, a liberação da energia acumulada é tão poderosa, que os efeitos disso podem ser sentidos a quilômetros de distância.

Um dos maiores problemas dos terremotos, além de sua força destrutiva, é que não existe maneira de prever tal acontecimento com antecedência, por isso, todos são pegos de surpresa e tem pouco tempo para buscar um local seguro. Isso faz com que esse seja um dos mais perigosos poderes da natureza.