7 mitos que você provavelmente acredita por causa dos filmes

Quando nós assistimos algum filme ou série, nos deparamos com uma série de circunstâncias que acreditamos serem verdadeiras, mas que na realidade não são. É comum que os roteiristas utilizem este tipo de situação para causar mais emoção ou para ajudar no enredo. Aqui estão 7 mitos que você provavelmente acredita por causa de Hollywood.

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1 - Clorofórmio não deixa pessoas inconsciente como nos filmes

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É comum vermos histórias em que criminosos atacam sua vítima com aquele paninho encharcado de clorofórmio. Mas a verdade é que ele não funciona como no cinema. É preciso que a pessoa inale a substância por, pelo menos, 5 minutos para ela ficar inconsciente. Depois disso necessita-se administrar um fornecimento contínuo de clorofórmio para que a pessoa continue desacordada, e, se deixar de manter o queixo da pessoa apoiado, a língua da vítima pode bloquear a suas vias aéreas, sufocando-a.

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2 - A polícia pode rastrear uma chamada imediatamente

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Nos filmes, toda vez que a polícia tem que rastrear uma ligação, eles precisam manter a pessoa na linha por um período. Mas, desde os anos setenta, quando as operadoras de telefonia pararam de usar os operadores e os quadros de distribuição e começaram a usar mecanismos de comutação eletrônica isto deixou de ser verdade. A mesma tecnologia que permite a sua identificação para reconhecer uma chamada também permite que a polícia localize esta chamada.

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Nos celulares o processo é diferente, já que estes não estão vinculados a um local específico. Mesmo assim, a polícia pode acompanhar instantaneamente um telefone que tem um GPS ativado, ou até mesmo usar torres de celular para triangular a localização de um telefone sem GPS. Apesar do processo de triangulação não ser instantâneo, podendo levar até meia hora, o fato é que a chamada só precisa ser conectada por um segundo antes que triangulação comece.

3 - Tortura não funciona

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Estudos recentes tem mostrado que torturar alguém não é o melhor método para se obter informações.

Imagine você sendo torturado para revelar uma informação que você não sabe ou que já revelou. O que você faria? Certamente inventaria alguma história que seu torturador quisesse ouvir só para que tudo acabe. Terroristas e criminosos pensam da mesma forma. Sendo assim, a tortura não só se revela ineficiente como também atrapalha a investigação com pistas falsas.

O que a CIA diz funcionar melhor que a tortura é você falar com alguém como ser humano e ser bom pra ele. Mas não veremos muito isso na ficção, já que a tortura rende mais bilheteria.

4 - Você nunca deve administrar uma droga diretamente para o coração de alguém

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Os amantes de Tarantino devem se lembrar da clássica cena do Pulp Fiction em que Vincent Vega (John Travolta) injeta adrenalina diretamente no coração de Mia Wallace (Uma Thurman). Apesar da cena ter sido muito legal, provavelmente a personagem de Uma Thurman não teria sobrevivido

Injetar medicamento na corrente sanguínea de uma pessoa através de uma veia é um método muito eficaz de distribuição de uma droga, uma vez que o sangue circula através de todo o corpo em menos de um minuto. Aplicar diretamente no coração iria entregar a droga instantaneamente, mas também iria deixar a pessoa com um buraco no coração. O que poderia facilmente levá-la a sangrar até a morte, e há uma alta probabilidade de atingir o pulmão no processo, o que também pode ser fatal. Colocar uma agulha em uma veia pode não ser tão emocionante, mas é um método muito melhor de salvar a vida de alguém.

5 - A ciência forense não resolve crimes magicamente

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Quem nunca assistiu CSI, NCIS ou Law & Order e pensou em se tornar um perito forense. É verdade que a perícia criminal é importante para desvendar um crime, mas ela não faz isso sozinha.

É comum na TV os peritos encontrarem na cena do crime um fio de cabelo, um pedaço de roupa, uma xícara usada, ou qualquer outra coisa que possa de identificar o criminoso. Só que na vida real uma cena de crime é repleta de DNA, não só do assassino, mas de qualquer pessoa que apenas tenha passado pelo local.

Mesmo que a polícia encontre uma amostra de DNA que com certeza pertença ao responsável pelo crime, eles ainda tem que encontrar um suspeito para combinar as amostras. No entanto, apenas 3% do DNA da população está nos bancos de dados do governo.

A investigação depende muito mais do trabalho braçal da polícia do que da ciência forense. Na maioria dos casos em que há provas forenses, esta é só um reforço para ajudar a provar a culpa de um suspeito.

6 - Você não precisa e NEM DEVE esperar para declarar o desaparecimento de uma pessoa

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Na TV e em filmes, quando se vai reportar um desaparecimento, a informação que geralmente ouvimos é que é preciso esperar 24 horas. Mas, a única regra para declarar o desaparecimento de alguém, é que o declarante deve ser membro próximo da família, ou um responsável legal. Mas isso pode ser dispensável em alguns casos, especialmente em situações que envolvam crianças.

As primeiras 24 horas após um desaparecimento são na realidade as horas mais importantes, pois quanto mais tempo a pessoa está desaparecida menor é a probabilidade de encontrá-la.

7 - Silenciadores não são realmente silenciosos

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Não há nenhum dispositivo que você acople a arma que oculte o som dela. Até mesmo os vendedores e portadores deste tipo de arma se referem a ela, não como silenciadores, mas como supressores de ruído. Esses dispositivos na realidade só servem para que diminuir o barulho do tiro, mas ele continua sendo suficientemente alto para ser identificado.