Monte a sua matéria: O Batman de Nolan #57

E no especial de hoje, confira um dos personagens mais amados de todos os tempos. Perceba ainda, as suas múltiplas facetas, e mais, os seus maiores avanços. Uma boa leitura!

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O BATMAN DE NOLAN. DENTRE TODOS, O MELHOR

Por Arthur Gadelha

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É difícil encontrar alguém hoje em dia que não goste do Homem Morcego. Há, até, fãs da, não menos importante, Marvel, que tem um apreço secreto pelo tal herói. Afinal, ele é o herói mais sensato de todos; só comparável ao Homem de Ferro, no quesito verossimilhança.

Tudo começa nos quadrinhos, é claro, que já delineavam quase todos os traços do Homem Morcego. As séries começaram em 1943, que apresentavam um Batman caricato, cheio de artimanhas e de ênfases sonoras; um prato cheio para os fãs de quadrinhos.

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Em 1989, o já conhecido Tim Burton toma as rédeas pra levar o herói mais uma vez aos cinemas. Burton causou medo e até revolta aos fãs do herói, pelo fato de, teoricamente, ele não ser o diretor certo para o filme.

Ele já tinha no currículo o curta assombroso (de bom) “Vincent” e o estranhamente engraçado “Os Fantasmas se Divertem”. Ambos os filmes, caricatos, cheio de personalidade e recheados com a marca de Tim Burton; coisa que os fãs temiam estragar a imagem do herói.

Não sei se eles se satisfizeram, mas o filme ficou bom; um tanto realista se comparado aos anteriores. Ainda assim, o filme não poupou um vilão impossível de existir e inúmeras cenas de efeito. O filme ainda ganhou três títulos seguintes. O primeiro foi “Batman, O Retorno” de 1992, ainda com Burton na direção.

O segundo foi “Batman Eternamente” e logo depois, o assombroso (de ruim) “Batman & Robin”. Depois da mancada de 1997, as indústrias não sabiam mais o que fazer com a saga do herói. Eis que 8 anos depois, enxerga-se uma luz no fim do túnel...

David S. Goyer, Christopher Nolan e seu irmão, Jonathan Nolan, reerguem o que parecia complicado – e era complicado -. Foi simplesmente estrondoso! Eu diria que “Batman Begins” marca o início de uma nova era do Herói Morcego. A história do Batman estará, no futuro, dividida entre, antes de Nolan e depois dele – isso, se seguirem a tendência.

Mas a questão é: O que Nolan trouxe de novo? O princípio básico é a nova estrutura, nunca vista antes, talvez, só experimentada em 1989. A nova estrutura trazia um herói muito mais real, mais compreensível e mais verossímil.

Nolan não teve medo de apostar na ideia de criar um Batman mais melódico, dramatizado e sem bizarrices. Pra quê um vilão com uma maquiagem horrenda; com uma aparência nada real? Pra quê? Nolan deve ter pensado...

Ele trouxe algo em que pudéssemos crer; resgatou dos quadrinhos a essência até então escondida; tal, que ninguém nunca ousou ousar.

Batman

A nova marca está em todos os elementos do filme: no roteiro, magnífico por sinal, na fotografia, na direção e até na trilha sonora. Até mesmo nos cartazes, percebe-se a intenção do diretor. Onde antes era visto um logotipo mostrando o nome “Batman” escrito em fontes modernas, hoje se vê um nome comum, com uma fonte que é facilmente encontrada no Word 97.

Isso pode até parecer besteira, mas certamente ajuda a criar um clima mais realista; mais adulto ou simplesmente menos infantil. A cada nova representação do Batman, era apresentado um novo batmóvel.

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Cada vez mais estiloso e mais cheio de curvas. “Batman Begins” abriu nossos olhos, ao comprovar com êxito que, para uma luta, um carro com designer fashion, com asinhas e luzinhas, seria de nenhuma utilidade.

Útil mesmo seria um tanque de guerra, preparado para qualquer tipo de luta e para qualquer tipo de terreno. Esse é o tom realista!