O ebola e o fim do mundo

Nós vivemos uma das épocas mais tensas na história do planeta, pois o mortífero ebola está a solta e causando mortes em diversos lugares. Mas será que essa doença pode exterminar com o mundo dos humanos?

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Não tão temível

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Em 1918, a humanidade sofreu com uma das piores epidemias da história, quando a gripe espanhola se espalhou por todos os cantos do mundo. Mais de 500 milhões de pessoas foram infectadas e algo em torno de 100 milhões morreram, matando 5% de toda a humanidade da época.

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Com o ebola, a taxa de mortalidade chega aos 70%, bem maior do que a gripe espanhola, porém a transmissão dessa doença é extremamente ineficiente. Para pegar ebola, uma pessoa precisa entrar em contato direto com os fluídos corporais de outra pessoa. Ou seja, você poderia passar um dia inteiro ao lado de alguém infectado, que não haveria nem perigo de contaminação.

O vírus não se espalha pelo ar, nem por saliva (a não ser que o doente esteja em fase terminal). Por isso, basta um cuidado mínimo para que o vírus não se espalhe, lhe tornando bem menos mortal do que aparenta. Caso ele tivesse o poder de se espalhar pelo ar, provavelmente a humanidade poderia estar enfrentando a maior epidemia de todos os tempos, mas felizmente não é o caso.

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Outra coisa que torna o ebola fácil de ser combatido é seu modo de agir. Esse vírus simplesmente não infecta pessoas enquanto a vítima não está com os sintomas. Ou seja, qualquer pessoa já infectada pode entrar em contato com diversas outras, mas se ela não tiver com febre, hemorragia ou alguma das outras características dessa doença, não haverá nenhum perigo.

Ajudinha humana

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Um dos maiores problemas com o ebola não é a vírus, mas sim os humanos. Quando falamos de epidemia dessa doença, ela existe apenas em países muito pobres, porque qualquer lugar com uma infraestrutura mínima é capaz de deter a expansão da doença.

Então porque todo esse pânico?

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O pânico que o mundo parece viver é um grande produto da mídia. Quem não lembra da H1N1? Aquela gripe que se espalhou, infectando muitas pessoas, mas que no final das contas matou menos do que a gripe comum. Todo aquele drama que houve na época, foi uma grande explosão da mídia, que tratava cada morte causada pela doença como algo alarmante, porém tudo não passava de mais uma gripe, como tantas outras.

O mesmo ocorre com o ebola. As notícias são tantas e cada caso é tão falado, que dá a impressão de que o mundo está acabando, quando na verdade isso não passa de pânico midiático. Todos os médicos e especialistas que dão entrevista falam que é preciso de cuidado, mas que um país com certa estrutura não precisa temer uma epidemia como existe na África.

Então, muito provavelmente o ebola vai ser mais uma dessa epidemias que começaram, mas não vingaram. Sendo mais uma das tantas doenças que matam milhares todos os anos e são esquecidas dois ou três anos depois. Se houvesse uma cobertura tão grande de outros problemas que afetam aquele continente, assim como está havendo do ebola, talvez esses países já tivessem uma estrutura que impediria esse tipo de acontecimento.